1. Lembranças
Já passa das duas da manha, mas nada me interessa na TV. Isso me lembra a noite anterior da primeira visita á minha avó Renée, foi frustrante para minha mãe, ter que enfrentá-la como vampira, todos estavam com receio dela descobrir assim que colocar os olhos em Bella, ver a grande mudança que ocorreu fisicamente, não apenas em sua voz, como ela percebeu pelos telefonemas. Eu já havia falado com Renée pelo telefone, ela ficou completamente animada para me conhecer, isso era mais uma duvida, o que ela acharia na grande semelhança entre mim e meus pais, meu pai diz que Renée vê o mundo de um modo diferente de muitos outros, isso com certeza levaria a alguma conclusão sobre minha família.
“Os primeiros raios da luz do Sol já entravam pela janela, e meus pais ainda estavam discutindo no quarto sobre ver a vovó.
Eu durmo, mas de vez em quando, posso ficar acordada tranquilamente por uns quatro dias, depois disso começo a ficar cansada e nada que uma boa noite de 14 horas dormindo, não ajude. Quando decido dormir sempre durmo com Jacob, ele é tão quente quanto eu.
Já passava do 5º dia sem dormir, e Jacob já estava ficando bravo, mas provavelmente hoje eu iria dormir, assim o deixarei mais tranqüilo.
Ouvi a porta do quarto se abrir, minha mãe estava descendo as escadas, logo atrás dela meu pai.
- Bom dia a vocês dois!! – eu abri um grande sorriso a eles.
Eles retribuíram meu sorriso com outro, Bella se aproximou de mim e me deu um beijo na testa.
- Bom Dia, querida!
Edward fez o mesmo...
- Bom dia, Nessie... Você não dormir hoje? Não sinto cheiro do Jacob por aqui, ele deve estar impaciente por você ainda não ter dormido. – ele me censurou
- Não, mas hoje vou chamar ele, tenho que estar 100%, quando formos ver a vovô!
Eles me olhando surpresos, ninguém havia me dito sobre ver Renée, mas claro que eu tinha descoberto.
- Renesmee já não falei pra você não tentar ficar ouvindo nossas conversas?! – disse mamãe num tom levemente apreensivo
-Disse e eu te obedeci, mas você não falo nada sobre saber das coisas pela mente das pessoas – eu pisquei pra ela – Zafrina esta me ensinado cada vez mais.
- E pelo jeito você também aprende cada vez mais rápido – disse Edward parecendo me parabenizar.
Eu sorri para ele...
Estava ficando com fome.
- Vamos caçar antes?
-Antes de que? – perguntou mamãe
-De ver a vovó, nos vamos amanhã, não é? – perguntei com cara de duvida
-Hã... sim. É só que não sei quando vou me acostumar com você sabendo das coisas antes de alguém te contar. - ela riu.
- Tenho certeza que foi o mesmo que acontecia quando descobriram que o papai podia ler mentes. – eu olhei pra ele
- Acho que sim – ele disse meio desconcertado. - mas então vamos. - disse a mamãe e a mim indo á porta.
Eu corri ao seu lado e peguei sua mão, mamãe pegou a outra.
Jacob sempre me esperava perto de casa, e lá estava ele, lindo como sempre com seu grande sorriso branco pra mim.
Eu corri em sua direção, como fazia na maioria das manhãs... E pulei em seu colo.
- Oi, Jake.
- Oi, Nessie. Como passou a noite? – ele perguntou com sua voz confortante.
- Bem... e pensando em vc claro. –
- E eu em vc... já q vc não esta dormindo... – ele me olhou censurando.
-Não se preocupe eu irei dormir hoje, amanhã vou ver a vovô! – eu abri um sorriso totalmente animada.
Ele olhou para meus pais atrás de mim, esperando que algum dos dois falasse.
- E ai, Bells? Verdade, amanhã vocês iram ver á Reneé? - Eu fiz carranca para Jacob. - Não que eu não acredite em você, Nessie – ele revisou os olhos.
- Sim, Jake, já esta na hora de vê-la, antes de Nessie aparenta ter 18 anos... – ela riu
- Eu só tenho quatro anos. – afirmei a ela.
- Todos nos sabemos, meu bem, só que você já aparenta ter seis, não se esqueça. – ela me respondeu.
-Claro... – minha voz era mais um sussurro
- Mas á vampirinha de quatro anos que aparenta ter seis, mas linda de todo o mundo! – disse Jake, eu ri.
- E você é um lobo de 21 anos que aparenta ter 21, apesar de ter 16 anos mais lindo do mundo... – eu disse, ele e meus pais riram.
Fomos para casa do Carlisle, chamar Emeet, Rose, e Esme para caçar, o resto já havia ido na noite passada.
Eu venci o Jake mais uma vez na disputa, mas ele venceu de Rosálie que ficou furiosa, e o xingou pela milésima vez , de qualquer piadinha maldosa. Eles não se davam muito bem, mas eu sei que no fundo eles se aturam.
O dia passou rápido como todos os outros perto de Jake, fomos à casa do vovô Charlie, minha mãe foi avisá-lo sobre a visita a Renée amanhã, eu estava do lado de fora brincando com Jake, mas pude ouvir a respiração desregular do vovô.
Depois fomos à cidade, comprar alguma coisinha a Renée, eu queria comprar um colar com muitos brilhantes, mas mamãe e papai prefeririam um Cd da banda favorita dela, e umas blusas, é difícil encontrar blusas de manga curta, quando se mora no Norte do EUA.
Meus pais estavam em uma loja procurando o Cd da vovó, eu e Jake estávamos admirando a paisagem do porto, perto de uma ponte...
- O que você acha que a vovó vai achar de mim?
- Como todas as pessoas que te conheceram, vai adorar e te amar muito. – ele respondeu como se fosse a coisa mais obvia do mundo.
- Não, Jake, to falando, no que será que ela vai acreditar se sou adotada, ou o que será que ela vai achar sobre a mamãe, ela conseguiu enganar o vovô, mas o papai disse que Renée é diferente.
Ele olhou pra mim, confuso.
- Como assim “diferente”?
- Eu não tenho certeza, não consigo ver nada na mente do papai, ele não conheceu Renée muito bem, e com a mamãe, não consigo ver muita coisa, com suas memórias humanas, e bem... com o vovô nem posso tentar. – eu torci a boca, frustrada.
Jake fez uma careta...
- Não gosto quando você fica usando seus poderes...
- E porque isso é tão ruim? – eu falei brincando, mas logo vi que ele estava serio, e logo entendi. -... não parece humano . – a responda foi um sussurro
Eu voltei a olhar para o mar, que estava mais calmo de que costume.
Jacob nunca gostava quando eu usava meus poderes nele, quando eu era menor, ele não ligava, eu o- mostrava as imagens que queria que ele visse, e ele ate gostava, me achava fantástica. Mas meus poderes começaram a crescer e Zatrina esta me ensinado a poder ver o que aconteceu com as pessoas que toco, ou ler suas mente, mas é muito difícil...
Jake não gosta de perder sua “privacidade”, como se ele precisasse esconder algo de mim. Ou precisava? Eu sei sobre a paixonite dele e da mamãe, mas... nada de devesse ficar em segredo, ou há?
- Desculpe, Nessie – ele me abraçou – não quis te chatear, você me conhece, apesar de conviver e fazer parte da sua família, coisas vampirescas de mais , me repelem , é normal... você sabe .
- Eu sei Jake, tudo bem... – mas ainda não quis olhar em seus olhos.
- Nessie?
- Ta bom... – eu olhei pra ele e o abracei.
- Acabamos. Vamos! – disse papai nos chamando da porta da loja de CDs.
A viagem de volta foi silenciosa, meus pensamentos ainda estavam na repentina tristeza do Jake esta noite, mas tenho mais com o que se preocupar, amanhã verei pela primeira vez a vovó, meus probleminhas com Jacob podem esperar.
Quando Jacob entrou em casa, lembrei que hoje ele iria dormir aqui.
Meus pais foram para a sala, mamãe pegou um livro e mostrou ao papai, eles riram, devo ter perdido alguma piada, o que havia de engraçado no livro “Morro dos Ventos Uivantes”? Eu já tinha lido seis vezes, mas nada muito interessante. Enquanto eu observada mamãe e papai, que começaram a ler o livro juntos, não tinha percebido o olhar concentrado de Jake em mim.
-Para com isso! – eu exclamei pra ele, não gostava quando ele fazia aquilo.
Eu e Jake nunca conversamos muito sobre sua tal “impressão” que ele tem de mim, suas coisas de lobisomens- quero dizer- transmorfos.
Nos pensamos que apenas compartilhamos do mesmo... carinho, amor? Não, não quero pensar nos problemas com Jake, se é que seja um problema.
- Desculpe... inevitável. – ele deu um sorriso envergonhado. - Mas e ai, quando pretende dormir?
-Há... não sei. Quando você estiver com sono... – eu disse pensativa, ele me censurou.
- Você quer dormir? Ou só vai dormir para me deixar tranqüilo, pelas suas esquisitices?
-Aí Jake! De novo, não! Eu estou cansada... você vai querer dormir comigo, ou não? – eu disse já irritada.
Mas ele fez a cara que eu odiava, pois me deixa toda derretida, como se todos os pontos de seu rosto dissesse que me amava... Ele fitou meus olhos, e eu me aprofundei, esperando a resposta, que já sabia.
-Não seja boba, claro que sim. – disse ele meio chateado.
-Há! Chega de papo, vamos dormir. - peguei sua mão, e antes de subir para o meu quarto, olhei mais uma vez para meus pais lendo o livro, agora já no final, como se estivessem lembrando alguma coisa.
-Boa noite – eu falei a eles, eles me olharam.
-Durma bem, querida! – disse mamãe –... Você também Jake! – ela sorriu
-Boa noite. - Jake respondeu
- Até de manhã- disse papai fechando o livro e colocando na estante.
Eu fui para o meu quarto, Jake pulou na minha cama, três vezes maior que meu tamanho, pois ele tinha que caber, sendo somente uma King, e esse era mais um dos motivos para ele dormir comigo, era muito solitário dormir sozinha em uma cama enorme.
Eu fui para o banheiro colocar meu pijama da Dior, presente da Rose.
- Quantas horas vamos dormir? – Jake perguntou do quarto
Eu coloquei minha cabeça pra fora do banheiro, para ver se ele falava serio.
- Como é que eu vou saber! – eu fiz uma careta – que pergunta mais... sem noção , jake! – eu voltei para o banheiro
-Ah, é que eu pretendo voltar para casa, pegar uma coisa. Você podia ir comigo, antes de pegar o avião.
-Entendi... Ah, não sei, se eu acordar antes nos vamos, se não qualquer coisa meus pais nos acordam, papai deve estar sabendo, agora. – era difícil ter segredos perto dele.
- Sim, claro...
- Mas, o que vamos fazer lá? – falei enquanto saia do banheiro.
-Surpresa! Um presente pra Renée e pra você, claro! – ele deu um sorriso malicioso.
Jake me dava muitos presentes, nada muito luxuoso, mas todos delicados e atenciosos, eu sempre falei que ele era a pessoa que mais me dava presentes, pois seus abraços e beijos já eram muito.
Meu melhor, eterno amigo e confidente.
Eu me alinhei em seus braços na cama...
- Boa noite, Jake – eu disse enquanto fechava os olhos.
-Boa noite, Nessie – ele disse logo depois de um bocejo.
Quando ele fechava os olhos em menos de 5 segundos ele já estava dormindo profundamente. A ultima coisa que ouvi foi uma risada da mamãe na sala, e mais nada.
Senti um calor no meu rosto, abri lentamente meus olhos, já era dia, os raios de sol entravam pela janela, iluminando eu e Jacob, ainda dormindo. Olhei para o relógio na cabeceira, era quase meio-dia.
Iria pegar o avião as 3:00, se Jake queria pegar alguma coisa em La Push, agora era a hora, eu me virei para ele e empurrei seu braço de cima de mim, e comecei a sacudi-lo.
-Jacob, Jacob...
- Só mais um pouquinho... – ele disse totalmente sonolento
- Se você quiser ir a La Push hoje, e melhor acordar agora.
Ele franziu a testa e abriu os olhos, eu dei um enorme sorriso, ele sorriu... Se espreguiçou e depois deu um longo bocejo.
-Bom dia... que horas são? – ele olhou para a janela.
- Quase meio dia... – eu apontei para o relógio.
Ele ficou mais desperto.
-Vai se trocar... – ele ordenou
-Ok, já vou. – eu peguei a roupa que estava na cadeira já separada para o dia de hoje, e fui para o banheiro.
Tomei banho, escovei os dentes, penteei o cabelo, me troquei e sai... Esse processo não durou mais de 5 min.
Jacob pegou minha mão e desceu correndo as escadas. Ele ia saindo pela porta quando parei.
-Você não acha que vou sair sem falar com meus pais? – eu o encarei
- Seu pai já sabe o que vou te dar, é rápido, você já vai voltar. Vamos! Se não vai se atrasar... – ele disse tentando me convencer.
- Ok... Bom Dia!! – eu gritei da porta para meus pais, acho que eles estavam no quarto.
Jake se transformou em lobo, e eu subi em suas costas, como de costume. Ele correu para La push, por meia – hora. A casa de Billy não havia mudado nada em quatro anos.
Eu desci de suas costas e ele foi para trás de uma árvore, voltar ao normal e colocar sua roupa.
Ele foi em direção a porta, e eu fui a trás dele...
-Fique ai! Não precisa entrar. Eu já volto... – e ele fechou a porta quando entrou.
Eu fiquei confusa, porque tanta presa? Eu gostava de ver Billy, porque Jake me privaria disso?
Eu entrei mesmo assim... a casa parecia vazia, senti cheiro de muita poeira , o de Jake mas não de Bill , ou de nenhum outro lobo.
Ele já descia as escadas, e me olhou surpreso.
- Porque você entrou?
- Achei que Billy estivesse em casa. - eu falei mordendo o lábio.
-Ele saiu com Charlie e Sue... – ele foi na direção da porta e me levou com ele.
Ele estava com dois saquinhos de veludo azuis na mão. Ele me levou para a floresta, e continuamos andando esperando ate ele falasse.
- Não sei se você vai gostar... - ele disse envergonhado
-Ai, Jake para de besteira. – eu revirei os olhos – O que é?
Ele parou de andar e se virou a minha frente.
-Esse é para Renée! – ele me deu um dos saquinhos, eu abri a fitinha que o amarava , era um delicado colar com vários pingentes ao seu redor, de varias cores, delicado como todos seus presentes.
-E... esse o seu .- ele me deu o outro saquinho , eu abri ; era uma pulseira sem pingente, apenas uma corrente de prata , mas senti que ainda tinha algo dentro do saquinho, eu o virei na minha mão, era um pingente de Lua e Sol, totalmente detalhado, a Lua prata e o Sol provavelmente bronze, eu virei para ver de todos os ângulos e atrás estava gravado J & R . Meus olhos começaram a arder, e assim, ficaram com água, uma rápida lagrima correu meu rosto.
-Lindo Jake...
- Eu vi em uma loja e... – ele disse ainda parecendo envergonhado.
Eu o abracei o mais forte que pude.
-Obrigada... E quem é o Sol ou a Lua? – eu perguntei ainda admirando meu presente
- Hum... Não sei, mas eu provavelmente seria a Lua, pois a Lua apenas brilha por causa do Sol, não é?! – ele disse, enquanto juntava o pingente na pulseira
- Eu sou o seu Sol? – eu olhava para aquele par de olhos tão escuros quanto gentis.
-Sim...
-Hum... Mas falta uma coisa. – eu observava o R e J, atrás do pingente.
- O que? Tem alguma coisa errada? Você não gosto? – ele parecia preocupado
-Não seu bobo, eu amei, apenas falto o “pra sempre”, mas isso agente já sabe. - eu sorri para ele e pulei em seu colo para nossos rostos ficarem na mesma altura e dei um beijo na sua bochecha.
-Agente sabe! - ele sussurrou no meu ouvido – Agora, acho melhor irmos para sua casa, tenho certeza que todo mundo vai querer te desejar boa sorte.
-Ah, claro... o dia apenas começou. – eu desci de seu colo e pulei com leveza no chão. – Vamos... agora quero apostar corrida!- eu o desafiei animada
- Nessie... Eu não quero te vencer mais uma vez... – ele disse caçoando
- Do que você está falando, você nunca vence! – eu sai em disparada, assim teria uma vantagem enquanto ele teria que tirar a roupa e se transformar...
-Assim não vale!! – ele gritou a atrás de mim
Eu cheguei na frente da casa de Carlisle , e Jake estava a menos de 2 segundos atrás de mim. Ele colocou suas roupas e voltou.
-Você roubou... – ele semicerrou os olhos
Eu fiz cara de desentendida, e dei um sorriso tímido a ele.
- Na próxima... –eu o interrompi
-Eu deixo você ganhar! –caçoei dele.
-Ha!Ha! Que vê? – ele me derrubou no chão e começou a me fazer cócegas.
-Para! Para!! – pedi a ele entre as risadas
-Isso que dá você trapacear... – ele disse visivelmente feliz
Ele parou quando meus tios apareceram.
Eu abracei todos eles... e logo percebi q meus pais não estavam ali.
-Cadê a mamãe e o papai? – disse ainda procurando
-Eles já estão vindo, estão trazendo as malas... - respondeu vovó
-HÁ... – eu olhei para Alice – Vai dar tudo certo?
-Sim, sim, Renée vai desconfiar... Claro! Mas não vai ligar, assim como Charlie... – Alice falou totalmente confiante, pelo jeito sua visão era clara, apesar de eu estar junto.
- Mas e eu? – perguntei, Alice sorriu e se aproximou de mim, passou seu braço sobre meus ombros.
-Nada com o que se preocupar, Nessie, ela vai gostar de você mais do que você espera...
Eu sorri para ela e depois olhei para Jake, que estava sorrindo também.
Pude ouvir os leves e rápidos passos de meus pais, que logo estavam à vista. Mamãe trazia sua mala vermelha e preta em sua mão direita, relativamente pequena para três dias, e papai trazia a minha e a dele, a minha era a maior bolsa, com a ajuda de Alice e da mamãe, colocamos mais roupas que o necessário.
Alice olhou para a mala da mamãe, e balançou a cabeça.
-Sua mãe nunca aprende. – ela cochichou no meu ouvido
Eu ri baixo, e mamãe sorriu para nos duas.
-Que horas são? – eu perguntei, realmente sem noção de tempo
- Duas. – respondeu papai
-Hora de ir... – mamãe disse, parecia que um súbito calafrio passou por ela, provavelmente receio. Ela olhou para Alice que assedio com a cabeça.
-Vou por as malas no carro- disse papai para mamãe e á deu um beijo.
Mamãe abraçou cada um de nossa família e todos desejaram sorte como Jacob havia me falado, e a cada dois boa sorte Alice, repetia a si mesma e a nós, que tudo seria simples e correria tudo bem.
Eu me despedi de todos, papai também. Antes de entrar no Volvo, eu olhei para Jake e olhei para minha nova pulseira.
- Para você sempre se lembrar de mim. - ele deu um sorriso tímido
-Eu não preciso disso para lembrar de você... – eu dei um sorriso torto a ele.
-Então... Boa sorte. – ele riu.
Nos abraçamos, como se fossemos ficar semanas longe um do outro, sabíamos q ficaríamos apenas 3 dias, mas só nos separávamos quando ele tinha alguma reunião do bando, ou quando eu estava no Brasil, com Zafrina.
Eu entrei no carro, e olhei a casa do vovô ficar cada vez menor.
Mamãe ligou o som, e estava tocando uma musica do papai, a música do piano dele para mamãe... eles riram.
-Viagem ao passado – ela disse á ele
Ele sempre tocava para ela, porque seria passado?
- É que eu fiz essa musica para sua mãe, há muito tempo atrás, e ontem vimos um livro que nos trouxe muitas lembranças. – papai respondeu a pergunta de meu pensamento.
Mamãe olhou para ele por um segundo confusa.
Entendi. Lembranças...
A viagem foi tranqüila ate o aeroporto. Estava ansiosa, seria minha primeira viagem de avião.
- É muito divertido... e calmo . – disse papai enquanto embarcávamos.
Eu sorri para ele... Fomos de primeira classe, alem de menos gente -menos tentações – mamãe e papai não ligavam mais para o cheiro humano, mas para mim ainda me afetava, mas nada que me fizesse perder o controle. A aeromoça cheirava suavemente bem, a cada passada dela no corredor, papai olhava pra mim preocupado, e eu mostrava a língua pra ele, ou revirava os olhos, eu não estava nem um pouco com fome.
Mamãe estava ao meu lado, e papai ao lado dela...
Ela acariciou minha mão, e senti uma onda me cobrindo, eu não via mais nada, eram flashes, imagens, olhei para baixo e vi meus longos cabelos chocolate, não era eu. Eu olhei para meu lado e vi a tia Alice, pude ver dentro de seus grandes olhos negros um reflexo, o da mamãe. As imagens estavam embaçadas e às vezes nítidas, um sentimento de angustia e medo passou pelo meu corpo, algo de terrível iria acontecer com alguém q a mamãe amava, quem? De repente o ambiente mudou, tinha muita gente de vermelho e preto, parecia uma festa ao ar livre, alguma comemoração, vi o papai indo na direção do sol, ouvi um som abafado bem de longe, talvez fosse um sino, ou uma badalada de um grande relógio. E estava novamente ao presente no avião com meus pais.
- Renesmee, o que foi, o que foi?? Você esta bem? – ela mexia meu braço
E papai me olhava atordoado...
Eu pisquei duas vezes para ver se aquilo era real. Era.
- Eu... eu estou bem... – eu sacudi a cabeça, estava um pouco tonta.
- O que aconteceu, aparecia que você não estava mais aqui, na verdade, parecia com a Alice tendo uma visão... – ela disse mais calma.
- Eu não sei... eu comecei a ver flashes , estava eu outro lugar! Eu vi você mamãe! E... o papai também. – eu disse tentando acreditar.
Mamãe olhou de olhos arregalados para papai, ele respirou fundo.
-Não foi o futuro... – ele começou a falar como se fosse uma lastima – era o passado. – ele olhou para a mamãe, seus olhos tristes. Eu me senti culpada. Ele olhou para mim – Voce viu quando sua mãe estava indo a Itália, Volterra para... me salvar. – e ele voltou a olhar para mamãe.
Mamãe mordeu o lábio. Pelo jeito havia coisas que eu ainda não sabia sobre o passado deles.
- Eu... – não tinha palavras ou por onde começar – porque “salvar”?
- Sua tia viu sua mãe, se jogar de um penhasco – eu olhei para ela incrédula, ela sorriu timidamente – e todos achamos que ela tinha morrido, e bem... Como eu não existo sem ela – ele sorriu - eu fui ate os Volturi, mas sua tia foi ate Forks e... – eu o interrompi
-Como assim, você não estava em Forks, quero dizer, nossa família não estava em Forks?
-Seu pai queria me proteger, e se afastou de mim... – ela sorriu para ele.
Ele baixou os olhos por um instante e continuou...
- Como estava dizendo... Alice foi para Forks, ver realmente se Bella tinha morrido, e sua mãe contou a ela q era só uma brincadeira, de muito mau gosto, e elas foram para Itália, tentar me impedir, fim da historia.
-E tudo ficou bem no final. – mamãe deu um beijo no papai
Eu olhei assustada para os dois, e ate mesmo com raiva por não terem me contado.
- Não fique brava, querida, apenas eram coisas que vc não precisava saber. - papai respondeu.
-Eu não deveria saber que você deixou a mamãe, ou que tentou... não existir mais? – eu fiquei frustrada
- Você não precisava saber de tudo, é passado, e tudo esta bem agora. - mamãe me disse
- Se eu não tivesse visto... – eu gelei. Como eu tinha visto? Porque eu tinha visto?
- Talvez... seus poderes estejam crescendo. – papai disse cético.
Mamãe acariciou minha mão novamente...
-Você está cada vez mais poderosa, Nessie... - e ela me deu um beijo na testa.
Papai olhava serio para o vazio, estava pensativo.
- Foi estranho, muito estranho... – eu disse a mamãe, ela sorriu
Depois desse estranho acontecimento, quando me dei conta já tínhamos chego em Jacksonsville...
Estava nublado, tínhamos marcado a visita quando Alice disse que seria o mais seguro, para proteger os dois, eu não tinha muito problema com o sol, minha pele brilhava suavemente, nada muito estranho.
Ficamos em um hotel perto da casa de Renée. Provavelmente iríamos vê-la hoje. Colocamos as malas nas camas e saímos estava anoitecendo e fomos ver o pôr-do-sol na praia.
-O crepúsculo está lindo... mesmo estando nublado – mamãe disse
Papai concordou com a cabeça... E de repente sorriu.
- Lembrei de uma coisa. – ele cochichou no ouvido dela
Antes que ela pudesse perguntar o que era, ele já tinha dado um beijo em seu pescoço. Ela riu alto. Dessa lembrança eu sabia; mamãe pedia varias e varias vezes ao papai pra transformá-la, mas ele nunca quis. E talvez o crepúsculo de hoje tenha lembrado mais um dos pedidos inúteis dela.
- Exatamente. – papai disse em meu ouvido e me deu um beijo na bochecha.
Estávamos de mãos dadas, mamãe, eu e papai, uma imagem q precisava de uma foto. Então tive uma idéia.
- Vamos tirar uma foto! Eu trouxe a câmera... – eu a tirei do meu bolso e mostrei a eles.
Eles se olharam e sorriram. Eu coloquei a câmera em cima de um banquinho na direção da praia, para que o crepúsculo ficasse atrás de nós. Dei o time e fui à direção deles, fiquei entre a mamãe e o papai. E o flash disparou.
Continuamos andando por algumas horas. Conversamos sobre o que deveria ser dito ou não, eu lembrava da primeira vez que vi o vovô, foi quase tão difícil pra mim quanto para a mamãe, que era recém-nascida .
- Vou ligar pra ela – mamãe pegou o celular e discou
Eu pude ouvir o que Renée falava para a mamãe pelo celular e papai também.
– Ok, mãe já estávamos indo! – e ela desligou
Mamãe olhou para nos e fomos em direção da calçada.
Iríamos andando mesmo, era muito próximo a praia da casa da vovó.
A casa tinha uma linda varanda pintada de roxa, aparentemente graciosa.
Papai apertou um pouco a mão da mamãe e ela me pegou no colo, eu a abracei e alinhei minha cabeça embaixo de seu pescoço.
Papai bateu na porta, logo em seguida Renée a - abriu e deu um imenso sorriso para Bella, olhei para mamãe e seus olhos estavam vermelhos, irritadiços, ela queria chorar.
- Mãe!! – minha mãe disse eufórica, eu fui para o colo do papai para ela poder abraçar melhor a vovó.
Eu sorri com aquela linda cena maternal, papai também ficou profundamente feliz. Mamãe olhou para nós...
-Deixe-me apresentar, Edward e... – antes que ela pudesse dizer meu nome Renée disse.
-Renesmee. – ela olhou para mim com profunda ansiedade e euforia – Meu Deus, como você é linda. Não me canso de agradecer por sua mãe ter colocado seu nome, como a junção do meu e de Esme. – ela disse fascinada.
Eu olhei para ela, e ela me pareceu um pouco assustada, com certeza pela semelhança, exatamente como Charlie tinha feito há quatro anos.
Mamãe abriu os braços e eu fui para o colo dela. Eu olhei timidamente para Renée.
- Não vai me dar um abraço? – ela perguntou carinhosamente
Eu olhei pra mamãe, pedindo permissão
-Vai lá, querida. – e ela me pôs no chão.
Eu me aproximei e Renée ficou de joelhos e esticou os braços para mim... Eu a abracei fortemente, seu cheiro era de uma fragrância leve e gostosa, mas na medida certa para apenas querer apreciar, como um doce perfume. Ela se afastou para me olhar melhor e passou as mãos em meus cabelos.
- Como você se parece com seu pai, e perfeitamente os olhos de sua mãe. - eu apenas sorri e ela olhou para eles.
Minha mãe estava de lente de contato, seus olhos não eram vermelhos, mas mesmo assim, seria complicado ela explicar por que estaria usando lentes de cor topázio.
-Vamos entrando... – vovó nos convidou e pegou minha mão
-Esta com fome, querida? – ela me perguntou
-Não. – eu disse timidamente
- E você, Bella, quer algo, um café, bolinhos? Edward? – Renée ofereceu
-Não, obrigada. - ambos responderam
-Ok! Acho q é melhor mesmo, minhas habilidades na cozinha não melhoraram nada. – ela riu de si mesma.
- Então como vc alimenta Phil? Deixe-me ver... – mamãe e vovó foram na direção da cozinha e eu e papai ficamos na sala
-Estive pensando... não posso mostrar minha habilidade a vovó? – eu perguntei ao papai
-Creio que não, querida. É provável que está seja a ultima vez que a veremos. - ele respondeu
-O que? Eu mal a conheci, e não vamos mais vê-la? – eu me assustei com a possibilidade.
- Você provavelmente irá, esta crescendo e daqui a alguns anos poderá visitá-la novamente. - ele acariciou meu rosto
Mamãe e Renée estavam voltando, rindo...
- Phill está trabalhando, os negócios estão deslanchando depois do contrato em Ohio... – vovó falava para mamãe
- Ham... que bom...
-Eu não vou ver meu outro avô? – eu disse decepcionada
- Acho q não, querida, mas na próxima vez tenho certeza que você o verá. – ela sorriu para mim
Nós olhamos, mamãe ficou subitamente triste e eu mordi o lábio e acedi com a cabeça.
- Querida, porque não dorme aqui, tenho quartos de hospede, não precisa pagar um hotel, quando sua mãe mora bem ao lado. – estávamos todos no sofá, muito fofo alaranjado com lindas e grandes flores vermelhas, as paredes tinham um tom amarelado, energizaste.
- Eu sei mãe, mas já está tudo pago, seria chato cancelar. – ela respondeu
- Que pena... - Renée disse
As conversas foram de como estava Charlie, os Cullens, a nossa casa, entre outros, ate passar pela parte de como está Jacob, que eu lembrei que deveria ligar.
-Mãe, posso ligar pro Jake? – eu disse com o celular do papai na mão.
-Claro, meu bem.
Eu me levantei e fui para o corredor.
- Aconteceu alguma coisa com ele? – disse vovó preocupada.
-Não, é que eles são muito próximos. – mamãe respondeu
- Quem diria... – pude ouvir um leve riso – devem ser como irmãos.
-Quase isso... – papai disse
Estava chamando, no 2º toque ele atendeu...
-Jake?
-Demoro pra liga, hein?
- Ai, me desculpe. Fomos à praia e não deu tempo...
-Claro. Mas e ai, ta tudo bem?
- Sim, estamos na casa da vovó, ela é fantástica...
Ele riu.
- Ela já fez alguma pergunta... Sobre as mudanças?
-Felizmente não... – eu olhei para a sala, eles continuavam conversando – ela esta perguntando sobre a vida em Forks e esse tipo de coisa.
- Ham... Bem, que bom, então.
- Acho que sim... Queria que você estivesse aqui! É meio chato às vezes, muita conversa de adulto. – nos rimos
- Você me considera uma criança?
- Eu não considerom você é! – nos rimos mais alto
- Espero que quando você for adulta não me veja mais como criança. – ele disse brincando, mas eu fiquei seria, não gostava do assunto: “ Quando eu crescer “ .
- Sempre verei você assim. – saiu mais como um sussurro.
- Eu to brincando, Nessie. E você acha que quando você estiver a menos de um metro de mim te verei de outra forma? Você sempre será pequena, pra mim, como uma criança!
- Há!Ha! E você sempre o meu cão de guarda.
- Ha!Ha! Muito engraçado, pequena morceguinha...
- Ok, sem discussão pelo telefone, acho melhor eu ir... Amanha te ligo.
- OK – ele ficou quieto – ate!
-Tchau!
Eu desliguei.
Voltei para sala. Sentei no colo da mamãe e fingi estar cansada, pois depois de uma viajem de avião, passar o dia na praia, é normal de uma criança querer dormir. Alinhei-me ao colo dela e fechei os olhos e permaneci imóvel por um tempo.
- Nossa, está tarde, vocês devem estar muito cansados, e eu aqui cansando vocês ainda mais. Vão, podem ir pro hotel descansar mais amanha vamos a praia , Renesmee vai adorar conhecer os filhos do meu vizinho , eles tem a mesma idade... mas por falar em idade quanto anos ela está , querida? – Renée falava enquanto levantava do sofá.
Mamãe se levantou..
- Ham... Cinco anos, ela parece mais velha...
- Há... Claro...
Acho que já estávamos na porta, mamãe deu um beijo na vovó, depois Renée me deu um beijo na testa, e acho que meu pai e Renée se abraçaram.
- Ate!! – ela disse enquanto estávamos andando.
Eu abri os olhos. E olhei para eles, desci do colo da mamãe.
-Hoje, correu tudo bem, né! – perguntei a eles enquanto pegava suas mãos.
-Hoje, sim. – e ela sorriu
-Pai, não vai ligar pra Tia Alice? – o celular dele estava fazendo peso em meu bolso.
-Não... Com as visões dela, acho q não há necessidade. - ele respondeu
-Acho que não... - eu guardava o celular
E logo em seguida, senti o celular vibrar e no visor ALICE, eu ri.
-Acho que se você não liga, ela se encarrega disso. – e dei o celular a ele.
Ele revirou os olhos.
- Diga Alice. – ele disse presunçoso, e depois de 2 segundos – Ela prefere falar com você, amor, ela diz q eu não vou dar detalhes! – e passou o celular á mamãe, ela sorriu.
-O que quer saber, Alice? – mamãe estava realmente feliz.
A conversa continuou ate chegar no quarto do hotel.
A noite estava tranqüila, a brisa gelada entrava pela sacada onde estavam meus pais, q conversavam sobre a ultima visita a vovó. E eu estava deitava na cama, pensando sobre o assunto “quando eu crescer”, eu sabia que o que Jake falou pelo telefone tinha um fundo de verdade , quando eu crescer muita coisa não seria a mesma, sei que terei de ver o Jacob de outra forma, não posso amá-lo pra sempre como meu irmão, quando eu crescer terei q sentir uma coisa diferente, uma coisa que tenho medo de não sentir. E também não poderei sempre chamar meus tios de tios, meus avó de avós, nem ao menos meus pais, provavelmente Carlisle será meu pai e Edward e Bella meus irmãos para os outros, claro q em casa será tudo normalmente, mas será estranho chamá-lo de Edward ou Bella em vez de pai e mãe.
Sem contar com meus poderes, depois do episodio do avião, não sei mais o que esperar.
Parei de pensar no futuro e me concentrei no presente, q tanto amo, e estando tudo bem.
Liguei a TV, para tentar me distrair e felizmente consegui.
Era manha e já estávamos prontos para ir a casa de Renée, ainda estava nublado , um pouco mais chuvoso q ontem.
-Tudo bem, eu... Conhecer outras crianças? – eu perguntei enquanto andávamos.
- Claro q não, vc esta preocupada com as crianças que sua avó vai levar, hoje?- mamãe me respondeu
-Um pouco. – eu assumi
-Apenas tenha cuidado em não brincar no mesmo jeito q vc brinca com o Jacob – papai falou, rindo internamente – apenas seja discreta, vc sabe.
Quando papai terminou de falar tínhamos chegado.
-Aí, estão vocês! –vovó já estava nos esperando... E deu um beijo em nós.
-Renesmee tenho amiguinhos para você... – ela pegou minha mão e me levou para dentro da casa, meus pais de mãos dadas logo atrás. Mas pude ouvir papai sussurrar á para mamãe: “Hoje você deverá dar respostas cuidadosas.”
Eu entrei na sala e vi duas crianças, entre 6 e 8 anos, uma menina com a pele levemente bronzeada de cabelos loiros na altura dos ombros q destacavam seus olhos azuis-piscina, e um menino com cabelos tom de chocolate e lindos olhos azuis escuros. Ele sorriu para mim.
-Estes são os irmãos Sean e Caroline Thompson. Esta é Renesmee – vovó nos apresentou.
Uma brisa passou pela sala, e o cheiro deles me invadiu, fazendo minha garganta arder. Mesmo sendo uma criança, sentia uma atração muito maior pelo sangue, o cheiro delas, parece mais doce, apetitoso, do que qualquer um, a batida de seus corações mais vivida, tudo mais convidativo, isso dava nojo de mim.
Papai pôs a mão em meu ombro, e mamãe disse “tudo bem” em meu ouvido.
Eu lentamente fui me sentar ao lado deles, parei de respirar por um tempo, e inspirei devagar...
Vovó e meus pais foram para fora, e eu fiquei a sós com aquelas crianças.
-Oi, Tudo bem? – disse Caroline
- Sim... – eu disse olhando para minhas mãos
-Vamos brincar la fora. – e ela pegou minha mão – Vamos Sean!!
Aos poucos eu fui me soltando. Eu nunca fui tímida, eu apenas estava me precavendo. Estávamos de baixo uma grande macieira, e Sean ficava pulando tentando pegar uma maça, pois Caroline teve a idéia de levá-las, para sua mãe fazer torta para nós. Eu não agüentava mais ver o Sean se matando pra tentar alcançar aquela, maça, então resolvi ajudar.
-Gente, olha! Aquilo é o um pé de morango?! – e eu apontei para um lugar qualquer.
Quando ficaram de costas, dei um pequeno salto e peguei facilmente aquela maça.
-Não é não, aquilo é framboesa! – disse Sean, decepcionado
Eu não estava contente com apenas uma maça, queria ajudar em mais.
-Será? Acho melhor ir lá ver... - eu os induzi á se aproximar do pequeno pé com frutas vermelhas.
Então eu bati na arvore, fazendo-a balançar, e umas 10 maças caíram, consegui pegar oito antes de caírem no chão e ri... Adorava usar minhas habilidades.
Eles viraram, e me olharam confusos.
- O-O que... aconteceu? – disse Caroline, olhando para as maças que segurava.
Eu dei um sorriso torto.
-Sorte! – eu afirmei pra eles – Vocês não sentiram? Uma rajada de vento muito forte passou aqui, e felizmente conseguiu derrubar algumas maças... – e eu sorri simpaticamente
-Eu, eu acho que foi isso mesmo, ta vindo uma tempestade.. – e Sean começou a se animar – foi sorte!
Caroline, ainda tentava entender enquanto voltávamos para a casa da vovó, não fazia muito tempo desde que tínhamos saído. Mamãe e papai estavam no sofá com a vovó, junto com um casal, provavelmente eram os pais de Sean.
Eu deixei meu cesto com todas as maças, na mesinha e fui abraçar meus pais. Mamãe me beijou na bochecha e papai também...
Sean e Carol ficaram ao lado de seus pais.
-Acho que já esta na hora de ir! – disse o pai deles, se levantando
Foi um pouco estranho, pois tanto ele quanto a mãe deles olhavam para mim e para meus pais com um pouco de fascínio. Provavelmente por sermos uma família linda. Eu ri pelo pensamento.
-Claro... - disse Renée. E ela os conduzir a porta. Eles acenaram para mim, e para meus pais.
Vovó voltou e se sentou no sofá a nossa frente.
-Então... Renesmee, vocês se divertiram? Vi que colheram muitas maças. -perguntou vovó
-Ah, sim eles são muito legais. Vovó pode me chamar de Nessie!
Mamãe revirou os olhos, ela ainda não superou a historia do “Monstro do Lago Ness”. Eu não ligava, pois era um nome q ele tinha me dado.
- OK! – vovó ficou um pouco confusa, mas não perguntou o porquê e olhou para o relógio em seu pulso. -Bem, acho q ainda temos tempo, hoje, vocês vão jantar aqui!
-Bem, mãe, tudo bem! Renesmee tem que comer... - mamãe disse gentilmente.
Eu estava em seu colo e olhei para o papai...
“Se eu comer, vocês também vão! Vc sabe como eu não gosto da comida humana...”E fiz bico...
-O que houve? – perguntou vovó, vendo minha cara de chateada.
-Ah, nada não. Acho que ela não esta com fome. - respondeu papai simpaticamente. – mas ela vai comer mesmo assim.
Eu olhei para ele incrédula, ele também iria comer?
Fomos para a cozinha e vovó colocou no forno um grande frango que minha mãe tinha ajudado a preparar.
-Querida, você ainda não experimentou varias comidas. Tenho certeza que você ira adorar o frango! – mamãe disse baixinho pra mim
Eu fiquei um pouco chateada, mas quando começou assar, o cheiro inundou a cozinha, e comecei a mudar de idéia. Por minha surpresa comecei a salivar.
E finalmente depois de mexer no computador, ligar rapidamente para matar as saudades do Jake, e conversar sobre amanha o frango ficou pronto.
-Acho que experimentar não fará mal a ninguém! - eu disse enquanto pegava o prato q mamãe me oferecia.
Eu gostei, o frango não era nada comparado com o feijão, arroz, massa, ou brócolis que a mamãe empurrava pra mim. Não era tão ruim assim e eu repeti.
-Ainda precisamos comer? – perguntou papai ironicamente
- Não, não! – eu fiquei constrangida, por me precipitar, achando que todas as comidas humanas eram ruins, acho que agora em diante sempre vou provar antes de falar alguma coisa.
Acabei de jantar e fomos para sala, mamãe e papai deram a desculpa de que estavam com fome e comeriam no hotel, estavam sentados, vimos TV e fomos para o hotel...
Eu dormi, acho que quando como comida me dá sono.
Amanheceu... Acordei com papai e mamãe rindo.
Eles se beijaram delicadamente, esperei q terminassem, mas demoro... e eu tive que fingir tossir.
Eles pararam constrangidos.
-Oi, querida, - ela se sentou na minha cama.
-Bom dia, amor! – disse papai e deu um beijo na minha testa. Ele me parecia muito contente.
- Ta feliz, papai! – eu disse
Ele deu seu sorriso torto.
-Sim, minha “não – vida” não podia ser mais perfeita! – e mamãe o abraçou
-Eu te amo. – ela disse em seu peito
-Eu também te amo. – ele disse solenemente
-E eu amo muito vocês! – eu fiquei em pé na cama, dei um pulo na direção deles e mamãe me pegou no colo, nos abraçamos.
O dia passou rápido e a despedida foi triste. Se mamãe pudesse chorar, já tinha enchido um rio.
Eu exagerei no abraço com a vovó, mas ela nem ligou.
-Espero te ver em breve, querida! – ela me disse enquanto tirava seus braços ao seu redor
-Claro que vai, vovó. - eu disse entrando no carro
A viajem de volta foi legal, brincamos de mímica no avião, e eu experimentei algumas coisinhas q eles serviram, mas não gostei de muita coisa, apenas de uma carne mal-passada.
Estava cada vez mais nervosa em rever minha amada família.
Eles estavam no aeroporto, eu corri em direção a todos e abracei primeiro a Tia Rose, depois Esme, tia Alice, e assim por diante. E todos falaram de como eu tinha crescido, meus pais olharam confusos; para eles eu estava do mesmo jeito.
Tia Alice brigou com papai por não ter retornado suas ligações, e também brigou com a mamãe por ter deixado o celular desligado. Mas ela estava com saudades e abraçava antes de terminar a bronca.
E aos poucos meus pais contavam o que tinha acontecido na viagem à casa de Renée.
Mas tinha alguém faltando, uma pessoa que eu estava morta de saudade.
-Cadê o Jacob? – perguntei a Tia Rose
-Hum... Eu não sei, acho que ele ficou em La Push, deve vir pra cá amanhã. – ela disse decepciona, ela adorava ficar longe dele.
-Ele esta um pouco atrasado, mas com certeza estará te esperando em casa. – disse Carlisle.
-Ok. – eu mordi o lábio, olhei para minha pulseira, e sorri ao lembrar como ele estava envergonhado em me dá-la.
Chegamos em casa rápido.
E lá estava ele, exatamente como eu o havia deixado.
Eu abri a porta do carro e corri sem ligar pra minha super–velocidade em sua direção. Ele abriu os braços como sempre fazia, e eu pulei em seu colo, passei meus braços em seu pescoço, o abracei, eu provavelmente teria sufocado um humano qualquer com a força que eu o abraçava.
-Hum... que saudade! – ele disse enquanto nos abraçávamos
- Também senti... Mas acabo de matá-la. – eu fechei os olhos por um segundo e me desprendi de seu abraço, continue me segurando a ele – com minhas pernas se prendendo em sua cintura, ele me olhou e sorriu.
-Você cresceu de novo!
-É, né! Não paro de crescer... – eu debochei
-Logo, já ta adulta! – ele riu.
-É... – eu disse e deixei meus olhos se abaixarem um pouco, mordi o lábio.
-O que foi? Você não gosta quando eu falo disso, né! – ele disse afirmando
Eu apenas balancei a cabeça.
-Tudo bem, me desculpe. Agora vamos entrar, eu to morrendo de fome! – ele disse mudando de assunto. Eu desci de seu colo.
-Sabe o que eu descobri? Acho que comida humana me dá sono. – eu ri – Deve ser por isso que você dorme de mais... – eu deduzi.
- Pode ser. – ele estava tão feliz que nem quis discutir comigo.
Ele pegou minha mão e fomos para dentro de casa.
Já passa das duas da manha, mas nada me interessa na TV. Isso me lembra a noite anterior da primeira visita á minha avó Renée, foi frustrante para minha mãe, ter que enfrentá-la como vampira, todos estavam com receio dela descobrir assim que colocar os olhos em Bella, ver a grande mudança que ocorreu fisicamente, não apenas em sua voz, como ela percebeu pelos telefonemas. Eu já havia falado com Renée pelo telefone, ela ficou completamente animada para me conhecer, isso era mais uma duvida, o que ela acharia na grande semelhança entre mim e meus pais, meu pai diz que Renée vê o mundo de um modo diferente de muitos outros, isso com certeza levaria a alguma conclusão sobre minha família.
“Os primeiros raios da luz do Sol já entravam pela janela, e meus pais ainda estavam discutindo no quarto sobre ver a vovó.
Eu durmo, mas de vez em quando, posso ficar acordada tranquilamente por uns quatro dias, depois disso começo a ficar cansada e nada que uma boa noite de 14 horas dormindo, não ajude. Quando decido dormir sempre durmo com Jacob, ele é tão quente quanto eu.
Já passava do 5º dia sem dormir, e Jacob já estava ficando bravo, mas provavelmente hoje eu iria dormir, assim o deixarei mais tranqüilo.
Ouvi a porta do quarto se abrir, minha mãe estava descendo as escadas, logo atrás dela meu pai.
- Bom dia a vocês dois!! – eu abri um grande sorriso a eles.
Eles retribuíram meu sorriso com outro, Bella se aproximou de mim e me deu um beijo na testa.
- Bom Dia, querida!
Edward fez o mesmo...
- Bom dia, Nessie... Você não dormir hoje? Não sinto cheiro do Jacob por aqui, ele deve estar impaciente por você ainda não ter dormido. – ele me censurou
- Não, mas hoje vou chamar ele, tenho que estar 100%, quando formos ver a vovô!
Eles me olhando surpresos, ninguém havia me dito sobre ver Renée, mas claro que eu tinha descoberto.
- Renesmee já não falei pra você não tentar ficar ouvindo nossas conversas?! – disse mamãe num tom levemente apreensivo
-Disse e eu te obedeci, mas você não falo nada sobre saber das coisas pela mente das pessoas – eu pisquei pra ela – Zafrina esta me ensinado cada vez mais.
- E pelo jeito você também aprende cada vez mais rápido – disse Edward parecendo me parabenizar.
Eu sorri para ele...
Estava ficando com fome.
- Vamos caçar antes?
-Antes de que? – perguntou mamãe
-De ver a vovó, nos vamos amanhã, não é? – perguntei com cara de duvida
-Hã... sim. É só que não sei quando vou me acostumar com você sabendo das coisas antes de alguém te contar. - ela riu.
- Tenho certeza que foi o mesmo que acontecia quando descobriram que o papai podia ler mentes. – eu olhei pra ele
- Acho que sim – ele disse meio desconcertado. - mas então vamos. - disse a mamãe e a mim indo á porta.
Eu corri ao seu lado e peguei sua mão, mamãe pegou a outra.
Jacob sempre me esperava perto de casa, e lá estava ele, lindo como sempre com seu grande sorriso branco pra mim.
Eu corri em sua direção, como fazia na maioria das manhãs... E pulei em seu colo.
- Oi, Jake.
- Oi, Nessie. Como passou a noite? – ele perguntou com sua voz confortante.
- Bem... e pensando em vc claro. –
- E eu em vc... já q vc não esta dormindo... – ele me olhou censurando.
-Não se preocupe eu irei dormir hoje, amanhã vou ver a vovô! – eu abri um sorriso totalmente animada.
Ele olhou para meus pais atrás de mim, esperando que algum dos dois falasse.
- E ai, Bells? Verdade, amanhã vocês iram ver á Reneé? - Eu fiz carranca para Jacob. - Não que eu não acredite em você, Nessie – ele revisou os olhos.
- Sim, Jake, já esta na hora de vê-la, antes de Nessie aparenta ter 18 anos... – ela riu
- Eu só tenho quatro anos. – afirmei a ela.
- Todos nos sabemos, meu bem, só que você já aparenta ter seis, não se esqueça. – ela me respondeu.
-Claro... – minha voz era mais um sussurro
- Mas á vampirinha de quatro anos que aparenta ter seis, mas linda de todo o mundo! – disse Jake, eu ri.
- E você é um lobo de 21 anos que aparenta ter 21, apesar de ter 16 anos mais lindo do mundo... – eu disse, ele e meus pais riram.
Fomos para casa do Carlisle, chamar Emeet, Rose, e Esme para caçar, o resto já havia ido na noite passada.
Eu venci o Jake mais uma vez na disputa, mas ele venceu de Rosálie que ficou furiosa, e o xingou pela milésima vez , de qualquer piadinha maldosa. Eles não se davam muito bem, mas eu sei que no fundo eles se aturam.
O dia passou rápido como todos os outros perto de Jake, fomos à casa do vovô Charlie, minha mãe foi avisá-lo sobre a visita a Renée amanhã, eu estava do lado de fora brincando com Jake, mas pude ouvir a respiração desregular do vovô.
Depois fomos à cidade, comprar alguma coisinha a Renée, eu queria comprar um colar com muitos brilhantes, mas mamãe e papai prefeririam um Cd da banda favorita dela, e umas blusas, é difícil encontrar blusas de manga curta, quando se mora no Norte do EUA.
Meus pais estavam em uma loja procurando o Cd da vovó, eu e Jake estávamos admirando a paisagem do porto, perto de uma ponte...
- O que você acha que a vovó vai achar de mim?
- Como todas as pessoas que te conheceram, vai adorar e te amar muito. – ele respondeu como se fosse a coisa mais obvia do mundo.
- Não, Jake, to falando, no que será que ela vai acreditar se sou adotada, ou o que será que ela vai achar sobre a mamãe, ela conseguiu enganar o vovô, mas o papai disse que Renée é diferente.
Ele olhou pra mim, confuso.
- Como assim “diferente”?
- Eu não tenho certeza, não consigo ver nada na mente do papai, ele não conheceu Renée muito bem, e com a mamãe, não consigo ver muita coisa, com suas memórias humanas, e bem... com o vovô nem posso tentar. – eu torci a boca, frustrada.
Jake fez uma careta...
- Não gosto quando você fica usando seus poderes...
- E porque isso é tão ruim? – eu falei brincando, mas logo vi que ele estava serio, e logo entendi. -... não parece humano . – a responda foi um sussurro
Eu voltei a olhar para o mar, que estava mais calmo de que costume.
Jacob nunca gostava quando eu usava meus poderes nele, quando eu era menor, ele não ligava, eu o- mostrava as imagens que queria que ele visse, e ele ate gostava, me achava fantástica. Mas meus poderes começaram a crescer e Zatrina esta me ensinado a poder ver o que aconteceu com as pessoas que toco, ou ler suas mente, mas é muito difícil...
Jake não gosta de perder sua “privacidade”, como se ele precisasse esconder algo de mim. Ou precisava? Eu sei sobre a paixonite dele e da mamãe, mas... nada de devesse ficar em segredo, ou há?
- Desculpe, Nessie – ele me abraçou – não quis te chatear, você me conhece, apesar de conviver e fazer parte da sua família, coisas vampirescas de mais , me repelem , é normal... você sabe .
- Eu sei Jake, tudo bem... – mas ainda não quis olhar em seus olhos.
- Nessie?
- Ta bom... – eu olhei pra ele e o abracei.
- Acabamos. Vamos! – disse papai nos chamando da porta da loja de CDs.
A viagem de volta foi silenciosa, meus pensamentos ainda estavam na repentina tristeza do Jake esta noite, mas tenho mais com o que se preocupar, amanhã verei pela primeira vez a vovó, meus probleminhas com Jacob podem esperar.
Quando Jacob entrou em casa, lembrei que hoje ele iria dormir aqui.
Meus pais foram para a sala, mamãe pegou um livro e mostrou ao papai, eles riram, devo ter perdido alguma piada, o que havia de engraçado no livro “Morro dos Ventos Uivantes”? Eu já tinha lido seis vezes, mas nada muito interessante. Enquanto eu observada mamãe e papai, que começaram a ler o livro juntos, não tinha percebido o olhar concentrado de Jake em mim.
-Para com isso! – eu exclamei pra ele, não gostava quando ele fazia aquilo.
Eu e Jake nunca conversamos muito sobre sua tal “impressão” que ele tem de mim, suas coisas de lobisomens- quero dizer- transmorfos.
Nos pensamos que apenas compartilhamos do mesmo... carinho, amor? Não, não quero pensar nos problemas com Jake, se é que seja um problema.
- Desculpe... inevitável. – ele deu um sorriso envergonhado. - Mas e ai, quando pretende dormir?
-Há... não sei. Quando você estiver com sono... – eu disse pensativa, ele me censurou.
- Você quer dormir? Ou só vai dormir para me deixar tranqüilo, pelas suas esquisitices?
-Aí Jake! De novo, não! Eu estou cansada... você vai querer dormir comigo, ou não? – eu disse já irritada.
Mas ele fez a cara que eu odiava, pois me deixa toda derretida, como se todos os pontos de seu rosto dissesse que me amava... Ele fitou meus olhos, e eu me aprofundei, esperando a resposta, que já sabia.
-Não seja boba, claro que sim. – disse ele meio chateado.
-Há! Chega de papo, vamos dormir. - peguei sua mão, e antes de subir para o meu quarto, olhei mais uma vez para meus pais lendo o livro, agora já no final, como se estivessem lembrando alguma coisa.
-Boa noite – eu falei a eles, eles me olharam.
-Durma bem, querida! – disse mamãe –... Você também Jake! – ela sorriu
-Boa noite. - Jake respondeu
- Até de manhã- disse papai fechando o livro e colocando na estante.
Eu fui para o meu quarto, Jake pulou na minha cama, três vezes maior que meu tamanho, pois ele tinha que caber, sendo somente uma King, e esse era mais um dos motivos para ele dormir comigo, era muito solitário dormir sozinha em uma cama enorme.
Eu fui para o banheiro colocar meu pijama da Dior, presente da Rose.
- Quantas horas vamos dormir? – Jake perguntou do quarto
Eu coloquei minha cabeça pra fora do banheiro, para ver se ele falava serio.
- Como é que eu vou saber! – eu fiz uma careta – que pergunta mais... sem noção , jake! – eu voltei para o banheiro
-Ah, é que eu pretendo voltar para casa, pegar uma coisa. Você podia ir comigo, antes de pegar o avião.
-Entendi... Ah, não sei, se eu acordar antes nos vamos, se não qualquer coisa meus pais nos acordam, papai deve estar sabendo, agora. – era difícil ter segredos perto dele.
- Sim, claro...
- Mas, o que vamos fazer lá? – falei enquanto saia do banheiro.
-Surpresa! Um presente pra Renée e pra você, claro! – ele deu um sorriso malicioso.
Jake me dava muitos presentes, nada muito luxuoso, mas todos delicados e atenciosos, eu sempre falei que ele era a pessoa que mais me dava presentes, pois seus abraços e beijos já eram muito.
Meu melhor, eterno amigo e confidente.
Eu me alinhei em seus braços na cama...
- Boa noite, Jake – eu disse enquanto fechava os olhos.
-Boa noite, Nessie – ele disse logo depois de um bocejo.
Quando ele fechava os olhos em menos de 5 segundos ele já estava dormindo profundamente. A ultima coisa que ouvi foi uma risada da mamãe na sala, e mais nada.
Senti um calor no meu rosto, abri lentamente meus olhos, já era dia, os raios de sol entravam pela janela, iluminando eu e Jacob, ainda dormindo. Olhei para o relógio na cabeceira, era quase meio-dia.
Iria pegar o avião as 3:00, se Jake queria pegar alguma coisa em La Push, agora era a hora, eu me virei para ele e empurrei seu braço de cima de mim, e comecei a sacudi-lo.
-Jacob, Jacob...
- Só mais um pouquinho... – ele disse totalmente sonolento
- Se você quiser ir a La Push hoje, e melhor acordar agora.
Ele franziu a testa e abriu os olhos, eu dei um enorme sorriso, ele sorriu... Se espreguiçou e depois deu um longo bocejo.
-Bom dia... que horas são? – ele olhou para a janela.
- Quase meio dia... – eu apontei para o relógio.
Ele ficou mais desperto.
-Vai se trocar... – ele ordenou
-Ok, já vou. – eu peguei a roupa que estava na cadeira já separada para o dia de hoje, e fui para o banheiro.
Tomei banho, escovei os dentes, penteei o cabelo, me troquei e sai... Esse processo não durou mais de 5 min.
Jacob pegou minha mão e desceu correndo as escadas. Ele ia saindo pela porta quando parei.
-Você não acha que vou sair sem falar com meus pais? – eu o encarei
- Seu pai já sabe o que vou te dar, é rápido, você já vai voltar. Vamos! Se não vai se atrasar... – ele disse tentando me convencer.
- Ok... Bom Dia!! – eu gritei da porta para meus pais, acho que eles estavam no quarto.
Jake se transformou em lobo, e eu subi em suas costas, como de costume. Ele correu para La push, por meia – hora. A casa de Billy não havia mudado nada em quatro anos.
Eu desci de suas costas e ele foi para trás de uma árvore, voltar ao normal e colocar sua roupa.
Ele foi em direção a porta, e eu fui a trás dele...
-Fique ai! Não precisa entrar. Eu já volto... – e ele fechou a porta quando entrou.
Eu fiquei confusa, porque tanta presa? Eu gostava de ver Billy, porque Jake me privaria disso?
Eu entrei mesmo assim... a casa parecia vazia, senti cheiro de muita poeira , o de Jake mas não de Bill , ou de nenhum outro lobo.
Ele já descia as escadas, e me olhou surpreso.
- Porque você entrou?
- Achei que Billy estivesse em casa. - eu falei mordendo o lábio.
-Ele saiu com Charlie e Sue... – ele foi na direção da porta e me levou com ele.
Ele estava com dois saquinhos de veludo azuis na mão. Ele me levou para a floresta, e continuamos andando esperando ate ele falasse.
- Não sei se você vai gostar... - ele disse envergonhado
-Ai, Jake para de besteira. – eu revirei os olhos – O que é?
Ele parou de andar e se virou a minha frente.
-Esse é para Renée! – ele me deu um dos saquinhos, eu abri a fitinha que o amarava , era um delicado colar com vários pingentes ao seu redor, de varias cores, delicado como todos seus presentes.
-E... esse o seu .- ele me deu o outro saquinho , eu abri ; era uma pulseira sem pingente, apenas uma corrente de prata , mas senti que ainda tinha algo dentro do saquinho, eu o virei na minha mão, era um pingente de Lua e Sol, totalmente detalhado, a Lua prata e o Sol provavelmente bronze, eu virei para ver de todos os ângulos e atrás estava gravado J & R . Meus olhos começaram a arder, e assim, ficaram com água, uma rápida lagrima correu meu rosto.
-Lindo Jake...
- Eu vi em uma loja e... – ele disse ainda parecendo envergonhado.
Eu o abracei o mais forte que pude.
-Obrigada... E quem é o Sol ou a Lua? – eu perguntei ainda admirando meu presente
- Hum... Não sei, mas eu provavelmente seria a Lua, pois a Lua apenas brilha por causa do Sol, não é?! – ele disse, enquanto juntava o pingente na pulseira
- Eu sou o seu Sol? – eu olhava para aquele par de olhos tão escuros quanto gentis.
-Sim...
-Hum... Mas falta uma coisa. – eu observava o R e J, atrás do pingente.
- O que? Tem alguma coisa errada? Você não gosto? – ele parecia preocupado
-Não seu bobo, eu amei, apenas falto o “pra sempre”, mas isso agente já sabe. - eu sorri para ele e pulei em seu colo para nossos rostos ficarem na mesma altura e dei um beijo na sua bochecha.
-Agente sabe! - ele sussurrou no meu ouvido – Agora, acho melhor irmos para sua casa, tenho certeza que todo mundo vai querer te desejar boa sorte.
-Ah, claro... o dia apenas começou. – eu desci de seu colo e pulei com leveza no chão. – Vamos... agora quero apostar corrida!- eu o desafiei animada
- Nessie... Eu não quero te vencer mais uma vez... – ele disse caçoando
- Do que você está falando, você nunca vence! – eu sai em disparada, assim teria uma vantagem enquanto ele teria que tirar a roupa e se transformar...
-Assim não vale!! – ele gritou a atrás de mim
Eu cheguei na frente da casa de Carlisle , e Jake estava a menos de 2 segundos atrás de mim. Ele colocou suas roupas e voltou.
-Você roubou... – ele semicerrou os olhos
Eu fiz cara de desentendida, e dei um sorriso tímido a ele.
- Na próxima... –eu o interrompi
-Eu deixo você ganhar! –caçoei dele.
-Ha!Ha! Que vê? – ele me derrubou no chão e começou a me fazer cócegas.
-Para! Para!! – pedi a ele entre as risadas
-Isso que dá você trapacear... – ele disse visivelmente feliz
Ele parou quando meus tios apareceram.
Eu abracei todos eles... e logo percebi q meus pais não estavam ali.
-Cadê a mamãe e o papai? – disse ainda procurando
-Eles já estão vindo, estão trazendo as malas... - respondeu vovó
-HÁ... – eu olhei para Alice – Vai dar tudo certo?
-Sim, sim, Renée vai desconfiar... Claro! Mas não vai ligar, assim como Charlie... – Alice falou totalmente confiante, pelo jeito sua visão era clara, apesar de eu estar junto.
- Mas e eu? – perguntei, Alice sorriu e se aproximou de mim, passou seu braço sobre meus ombros.
-Nada com o que se preocupar, Nessie, ela vai gostar de você mais do que você espera...
Eu sorri para ela e depois olhei para Jake, que estava sorrindo também.
Pude ouvir os leves e rápidos passos de meus pais, que logo estavam à vista. Mamãe trazia sua mala vermelha e preta em sua mão direita, relativamente pequena para três dias, e papai trazia a minha e a dele, a minha era a maior bolsa, com a ajuda de Alice e da mamãe, colocamos mais roupas que o necessário.
Alice olhou para a mala da mamãe, e balançou a cabeça.
-Sua mãe nunca aprende. – ela cochichou no meu ouvido
Eu ri baixo, e mamãe sorriu para nos duas.
-Que horas são? – eu perguntei, realmente sem noção de tempo
- Duas. – respondeu papai
-Hora de ir... – mamãe disse, parecia que um súbito calafrio passou por ela, provavelmente receio. Ela olhou para Alice que assedio com a cabeça.
-Vou por as malas no carro- disse papai para mamãe e á deu um beijo.
Mamãe abraçou cada um de nossa família e todos desejaram sorte como Jacob havia me falado, e a cada dois boa sorte Alice, repetia a si mesma e a nós, que tudo seria simples e correria tudo bem.
Eu me despedi de todos, papai também. Antes de entrar no Volvo, eu olhei para Jake e olhei para minha nova pulseira.
- Para você sempre se lembrar de mim. - ele deu um sorriso tímido
-Eu não preciso disso para lembrar de você... – eu dei um sorriso torto a ele.
-Então... Boa sorte. – ele riu.
Nos abraçamos, como se fossemos ficar semanas longe um do outro, sabíamos q ficaríamos apenas 3 dias, mas só nos separávamos quando ele tinha alguma reunião do bando, ou quando eu estava no Brasil, com Zafrina.
Eu entrei no carro, e olhei a casa do vovô ficar cada vez menor.
Mamãe ligou o som, e estava tocando uma musica do papai, a música do piano dele para mamãe... eles riram.
-Viagem ao passado – ela disse á ele
Ele sempre tocava para ela, porque seria passado?
- É que eu fiz essa musica para sua mãe, há muito tempo atrás, e ontem vimos um livro que nos trouxe muitas lembranças. – papai respondeu a pergunta de meu pensamento.
Mamãe olhou para ele por um segundo confusa.
Entendi. Lembranças...
A viagem foi tranqüila ate o aeroporto. Estava ansiosa, seria minha primeira viagem de avião.
- É muito divertido... e calmo . – disse papai enquanto embarcávamos.
Eu sorri para ele... Fomos de primeira classe, alem de menos gente -menos tentações – mamãe e papai não ligavam mais para o cheiro humano, mas para mim ainda me afetava, mas nada que me fizesse perder o controle. A aeromoça cheirava suavemente bem, a cada passada dela no corredor, papai olhava pra mim preocupado, e eu mostrava a língua pra ele, ou revirava os olhos, eu não estava nem um pouco com fome.
Mamãe estava ao meu lado, e papai ao lado dela...
Ela acariciou minha mão, e senti uma onda me cobrindo, eu não via mais nada, eram flashes, imagens, olhei para baixo e vi meus longos cabelos chocolate, não era eu. Eu olhei para meu lado e vi a tia Alice, pude ver dentro de seus grandes olhos negros um reflexo, o da mamãe. As imagens estavam embaçadas e às vezes nítidas, um sentimento de angustia e medo passou pelo meu corpo, algo de terrível iria acontecer com alguém q a mamãe amava, quem? De repente o ambiente mudou, tinha muita gente de vermelho e preto, parecia uma festa ao ar livre, alguma comemoração, vi o papai indo na direção do sol, ouvi um som abafado bem de longe, talvez fosse um sino, ou uma badalada de um grande relógio. E estava novamente ao presente no avião com meus pais.
- Renesmee, o que foi, o que foi?? Você esta bem? – ela mexia meu braço
E papai me olhava atordoado...
Eu pisquei duas vezes para ver se aquilo era real. Era.
- Eu... eu estou bem... – eu sacudi a cabeça, estava um pouco tonta.
- O que aconteceu, aparecia que você não estava mais aqui, na verdade, parecia com a Alice tendo uma visão... – ela disse mais calma.
- Eu não sei... eu comecei a ver flashes , estava eu outro lugar! Eu vi você mamãe! E... o papai também. – eu disse tentando acreditar.
Mamãe olhou de olhos arregalados para papai, ele respirou fundo.
-Não foi o futuro... – ele começou a falar como se fosse uma lastima – era o passado. – ele olhou para a mamãe, seus olhos tristes. Eu me senti culpada. Ele olhou para mim – Voce viu quando sua mãe estava indo a Itália, Volterra para... me salvar. – e ele voltou a olhar para mamãe.
Mamãe mordeu o lábio. Pelo jeito havia coisas que eu ainda não sabia sobre o passado deles.
- Eu... – não tinha palavras ou por onde começar – porque “salvar”?
- Sua tia viu sua mãe, se jogar de um penhasco – eu olhei para ela incrédula, ela sorriu timidamente – e todos achamos que ela tinha morrido, e bem... Como eu não existo sem ela – ele sorriu - eu fui ate os Volturi, mas sua tia foi ate Forks e... – eu o interrompi
-Como assim, você não estava em Forks, quero dizer, nossa família não estava em Forks?
-Seu pai queria me proteger, e se afastou de mim... – ela sorriu para ele.
Ele baixou os olhos por um instante e continuou...
- Como estava dizendo... Alice foi para Forks, ver realmente se Bella tinha morrido, e sua mãe contou a ela q era só uma brincadeira, de muito mau gosto, e elas foram para Itália, tentar me impedir, fim da historia.
-E tudo ficou bem no final. – mamãe deu um beijo no papai
Eu olhei assustada para os dois, e ate mesmo com raiva por não terem me contado.
- Não fique brava, querida, apenas eram coisas que vc não precisava saber. - papai respondeu.
-Eu não deveria saber que você deixou a mamãe, ou que tentou... não existir mais? – eu fiquei frustrada
- Você não precisava saber de tudo, é passado, e tudo esta bem agora. - mamãe me disse
- Se eu não tivesse visto... – eu gelei. Como eu tinha visto? Porque eu tinha visto?
- Talvez... seus poderes estejam crescendo. – papai disse cético.
Mamãe acariciou minha mão novamente...
-Você está cada vez mais poderosa, Nessie... - e ela me deu um beijo na testa.
Papai olhava serio para o vazio, estava pensativo.
- Foi estranho, muito estranho... – eu disse a mamãe, ela sorriu
Depois desse estranho acontecimento, quando me dei conta já tínhamos chego em Jacksonsville...
Estava nublado, tínhamos marcado a visita quando Alice disse que seria o mais seguro, para proteger os dois, eu não tinha muito problema com o sol, minha pele brilhava suavemente, nada muito estranho.
Ficamos em um hotel perto da casa de Renée. Provavelmente iríamos vê-la hoje. Colocamos as malas nas camas e saímos estava anoitecendo e fomos ver o pôr-do-sol na praia.
-O crepúsculo está lindo... mesmo estando nublado – mamãe disse
Papai concordou com a cabeça... E de repente sorriu.
- Lembrei de uma coisa. – ele cochichou no ouvido dela
Antes que ela pudesse perguntar o que era, ele já tinha dado um beijo em seu pescoço. Ela riu alto. Dessa lembrança eu sabia; mamãe pedia varias e varias vezes ao papai pra transformá-la, mas ele nunca quis. E talvez o crepúsculo de hoje tenha lembrado mais um dos pedidos inúteis dela.
- Exatamente. – papai disse em meu ouvido e me deu um beijo na bochecha.
Estávamos de mãos dadas, mamãe, eu e papai, uma imagem q precisava de uma foto. Então tive uma idéia.
- Vamos tirar uma foto! Eu trouxe a câmera... – eu a tirei do meu bolso e mostrei a eles.
Eles se olharam e sorriram. Eu coloquei a câmera em cima de um banquinho na direção da praia, para que o crepúsculo ficasse atrás de nós. Dei o time e fui à direção deles, fiquei entre a mamãe e o papai. E o flash disparou.
Continuamos andando por algumas horas. Conversamos sobre o que deveria ser dito ou não, eu lembrava da primeira vez que vi o vovô, foi quase tão difícil pra mim quanto para a mamãe, que era recém-nascida .
- Vou ligar pra ela – mamãe pegou o celular e discou
Eu pude ouvir o que Renée falava para a mamãe pelo celular e papai também.
– Ok, mãe já estávamos indo! – e ela desligou
Mamãe olhou para nos e fomos em direção da calçada.
Iríamos andando mesmo, era muito próximo a praia da casa da vovó.
A casa tinha uma linda varanda pintada de roxa, aparentemente graciosa.
Papai apertou um pouco a mão da mamãe e ela me pegou no colo, eu a abracei e alinhei minha cabeça embaixo de seu pescoço.
Papai bateu na porta, logo em seguida Renée a - abriu e deu um imenso sorriso para Bella, olhei para mamãe e seus olhos estavam vermelhos, irritadiços, ela queria chorar.
- Mãe!! – minha mãe disse eufórica, eu fui para o colo do papai para ela poder abraçar melhor a vovó.
Eu sorri com aquela linda cena maternal, papai também ficou profundamente feliz. Mamãe olhou para nós...
-Deixe-me apresentar, Edward e... – antes que ela pudesse dizer meu nome Renée disse.
-Renesmee. – ela olhou para mim com profunda ansiedade e euforia – Meu Deus, como você é linda. Não me canso de agradecer por sua mãe ter colocado seu nome, como a junção do meu e de Esme. – ela disse fascinada.
Eu olhei para ela, e ela me pareceu um pouco assustada, com certeza pela semelhança, exatamente como Charlie tinha feito há quatro anos.
Mamãe abriu os braços e eu fui para o colo dela. Eu olhei timidamente para Renée.
- Não vai me dar um abraço? – ela perguntou carinhosamente
Eu olhei pra mamãe, pedindo permissão
-Vai lá, querida. – e ela me pôs no chão.
Eu me aproximei e Renée ficou de joelhos e esticou os braços para mim... Eu a abracei fortemente, seu cheiro era de uma fragrância leve e gostosa, mas na medida certa para apenas querer apreciar, como um doce perfume. Ela se afastou para me olhar melhor e passou as mãos em meus cabelos.
- Como você se parece com seu pai, e perfeitamente os olhos de sua mãe. - eu apenas sorri e ela olhou para eles.
Minha mãe estava de lente de contato, seus olhos não eram vermelhos, mas mesmo assim, seria complicado ela explicar por que estaria usando lentes de cor topázio.
-Vamos entrando... – vovó nos convidou e pegou minha mão
-Esta com fome, querida? – ela me perguntou
-Não. – eu disse timidamente
- E você, Bella, quer algo, um café, bolinhos? Edward? – Renée ofereceu
-Não, obrigada. - ambos responderam
-Ok! Acho q é melhor mesmo, minhas habilidades na cozinha não melhoraram nada. – ela riu de si mesma.
- Então como vc alimenta Phil? Deixe-me ver... – mamãe e vovó foram na direção da cozinha e eu e papai ficamos na sala
-Estive pensando... não posso mostrar minha habilidade a vovó? – eu perguntei ao papai
-Creio que não, querida. É provável que está seja a ultima vez que a veremos. - ele respondeu
-O que? Eu mal a conheci, e não vamos mais vê-la? – eu me assustei com a possibilidade.
- Você provavelmente irá, esta crescendo e daqui a alguns anos poderá visitá-la novamente. - ele acariciou meu rosto
Mamãe e Renée estavam voltando, rindo...
- Phill está trabalhando, os negócios estão deslanchando depois do contrato em Ohio... – vovó falava para mamãe
- Ham... que bom...
-Eu não vou ver meu outro avô? – eu disse decepcionada
- Acho q não, querida, mas na próxima vez tenho certeza que você o verá. – ela sorriu para mim
Nós olhamos, mamãe ficou subitamente triste e eu mordi o lábio e acedi com a cabeça.
- Querida, porque não dorme aqui, tenho quartos de hospede, não precisa pagar um hotel, quando sua mãe mora bem ao lado. – estávamos todos no sofá, muito fofo alaranjado com lindas e grandes flores vermelhas, as paredes tinham um tom amarelado, energizaste.
- Eu sei mãe, mas já está tudo pago, seria chato cancelar. – ela respondeu
- Que pena... - Renée disse
As conversas foram de como estava Charlie, os Cullens, a nossa casa, entre outros, ate passar pela parte de como está Jacob, que eu lembrei que deveria ligar.
-Mãe, posso ligar pro Jake? – eu disse com o celular do papai na mão.
-Claro, meu bem.
Eu me levantei e fui para o corredor.
- Aconteceu alguma coisa com ele? – disse vovó preocupada.
-Não, é que eles são muito próximos. – mamãe respondeu
- Quem diria... – pude ouvir um leve riso – devem ser como irmãos.
-Quase isso... – papai disse
Estava chamando, no 2º toque ele atendeu...
-Jake?
-Demoro pra liga, hein?
- Ai, me desculpe. Fomos à praia e não deu tempo...
-Claro. Mas e ai, ta tudo bem?
- Sim, estamos na casa da vovó, ela é fantástica...
Ele riu.
- Ela já fez alguma pergunta... Sobre as mudanças?
-Felizmente não... – eu olhei para a sala, eles continuavam conversando – ela esta perguntando sobre a vida em Forks e esse tipo de coisa.
- Ham... Bem, que bom, então.
- Acho que sim... Queria que você estivesse aqui! É meio chato às vezes, muita conversa de adulto. – nos rimos
- Você me considera uma criança?
- Eu não considerom você é! – nos rimos mais alto
- Espero que quando você for adulta não me veja mais como criança. – ele disse brincando, mas eu fiquei seria, não gostava do assunto: “ Quando eu crescer “ .
- Sempre verei você assim. – saiu mais como um sussurro.
- Eu to brincando, Nessie. E você acha que quando você estiver a menos de um metro de mim te verei de outra forma? Você sempre será pequena, pra mim, como uma criança!
- Há!Ha! E você sempre o meu cão de guarda.
- Ha!Ha! Muito engraçado, pequena morceguinha...
- Ok, sem discussão pelo telefone, acho melhor eu ir... Amanha te ligo.
- OK – ele ficou quieto – ate!
-Tchau!
Eu desliguei.
Voltei para sala. Sentei no colo da mamãe e fingi estar cansada, pois depois de uma viajem de avião, passar o dia na praia, é normal de uma criança querer dormir. Alinhei-me ao colo dela e fechei os olhos e permaneci imóvel por um tempo.
- Nossa, está tarde, vocês devem estar muito cansados, e eu aqui cansando vocês ainda mais. Vão, podem ir pro hotel descansar mais amanha vamos a praia , Renesmee vai adorar conhecer os filhos do meu vizinho , eles tem a mesma idade... mas por falar em idade quanto anos ela está , querida? – Renée falava enquanto levantava do sofá.
Mamãe se levantou..
- Ham... Cinco anos, ela parece mais velha...
- Há... Claro...
Acho que já estávamos na porta, mamãe deu um beijo na vovó, depois Renée me deu um beijo na testa, e acho que meu pai e Renée se abraçaram.
- Ate!! – ela disse enquanto estávamos andando.
Eu abri os olhos. E olhei para eles, desci do colo da mamãe.
-Hoje, correu tudo bem, né! – perguntei a eles enquanto pegava suas mãos.
-Hoje, sim. – e ela sorriu
-Pai, não vai ligar pra Tia Alice? – o celular dele estava fazendo peso em meu bolso.
-Não... Com as visões dela, acho q não há necessidade. - ele respondeu
-Acho que não... - eu guardava o celular
E logo em seguida, senti o celular vibrar e no visor ALICE, eu ri.
-Acho que se você não liga, ela se encarrega disso. – e dei o celular a ele.
Ele revirou os olhos.
- Diga Alice. – ele disse presunçoso, e depois de 2 segundos – Ela prefere falar com você, amor, ela diz q eu não vou dar detalhes! – e passou o celular á mamãe, ela sorriu.
-O que quer saber, Alice? – mamãe estava realmente feliz.
A conversa continuou ate chegar no quarto do hotel.
A noite estava tranqüila, a brisa gelada entrava pela sacada onde estavam meus pais, q conversavam sobre a ultima visita a vovó. E eu estava deitava na cama, pensando sobre o assunto “quando eu crescer”, eu sabia que o que Jake falou pelo telefone tinha um fundo de verdade , quando eu crescer muita coisa não seria a mesma, sei que terei de ver o Jacob de outra forma, não posso amá-lo pra sempre como meu irmão, quando eu crescer terei q sentir uma coisa diferente, uma coisa que tenho medo de não sentir. E também não poderei sempre chamar meus tios de tios, meus avó de avós, nem ao menos meus pais, provavelmente Carlisle será meu pai e Edward e Bella meus irmãos para os outros, claro q em casa será tudo normalmente, mas será estranho chamá-lo de Edward ou Bella em vez de pai e mãe.
Sem contar com meus poderes, depois do episodio do avião, não sei mais o que esperar.
Parei de pensar no futuro e me concentrei no presente, q tanto amo, e estando tudo bem.
Liguei a TV, para tentar me distrair e felizmente consegui.
Era manha e já estávamos prontos para ir a casa de Renée, ainda estava nublado , um pouco mais chuvoso q ontem.
-Tudo bem, eu... Conhecer outras crianças? – eu perguntei enquanto andávamos.
- Claro q não, vc esta preocupada com as crianças que sua avó vai levar, hoje?- mamãe me respondeu
-Um pouco. – eu assumi
-Apenas tenha cuidado em não brincar no mesmo jeito q vc brinca com o Jacob – papai falou, rindo internamente – apenas seja discreta, vc sabe.
Quando papai terminou de falar tínhamos chegado.
-Aí, estão vocês! –vovó já estava nos esperando... E deu um beijo em nós.
-Renesmee tenho amiguinhos para você... – ela pegou minha mão e me levou para dentro da casa, meus pais de mãos dadas logo atrás. Mas pude ouvir papai sussurrar á para mamãe: “Hoje você deverá dar respostas cuidadosas.”
Eu entrei na sala e vi duas crianças, entre 6 e 8 anos, uma menina com a pele levemente bronzeada de cabelos loiros na altura dos ombros q destacavam seus olhos azuis-piscina, e um menino com cabelos tom de chocolate e lindos olhos azuis escuros. Ele sorriu para mim.
-Estes são os irmãos Sean e Caroline Thompson. Esta é Renesmee – vovó nos apresentou.
Uma brisa passou pela sala, e o cheiro deles me invadiu, fazendo minha garganta arder. Mesmo sendo uma criança, sentia uma atração muito maior pelo sangue, o cheiro delas, parece mais doce, apetitoso, do que qualquer um, a batida de seus corações mais vivida, tudo mais convidativo, isso dava nojo de mim.
Papai pôs a mão em meu ombro, e mamãe disse “tudo bem” em meu ouvido.
Eu lentamente fui me sentar ao lado deles, parei de respirar por um tempo, e inspirei devagar...
Vovó e meus pais foram para fora, e eu fiquei a sós com aquelas crianças.
-Oi, Tudo bem? – disse Caroline
- Sim... – eu disse olhando para minhas mãos
-Vamos brincar la fora. – e ela pegou minha mão – Vamos Sean!!
Aos poucos eu fui me soltando. Eu nunca fui tímida, eu apenas estava me precavendo. Estávamos de baixo uma grande macieira, e Sean ficava pulando tentando pegar uma maça, pois Caroline teve a idéia de levá-las, para sua mãe fazer torta para nós. Eu não agüentava mais ver o Sean se matando pra tentar alcançar aquela, maça, então resolvi ajudar.
-Gente, olha! Aquilo é o um pé de morango?! – e eu apontei para um lugar qualquer.
Quando ficaram de costas, dei um pequeno salto e peguei facilmente aquela maça.
-Não é não, aquilo é framboesa! – disse Sean, decepcionado
Eu não estava contente com apenas uma maça, queria ajudar em mais.
-Será? Acho melhor ir lá ver... - eu os induzi á se aproximar do pequeno pé com frutas vermelhas.
Então eu bati na arvore, fazendo-a balançar, e umas 10 maças caíram, consegui pegar oito antes de caírem no chão e ri... Adorava usar minhas habilidades.
Eles viraram, e me olharam confusos.
- O-O que... aconteceu? – disse Caroline, olhando para as maças que segurava.
Eu dei um sorriso torto.
-Sorte! – eu afirmei pra eles – Vocês não sentiram? Uma rajada de vento muito forte passou aqui, e felizmente conseguiu derrubar algumas maças... – e eu sorri simpaticamente
-Eu, eu acho que foi isso mesmo, ta vindo uma tempestade.. – e Sean começou a se animar – foi sorte!
Caroline, ainda tentava entender enquanto voltávamos para a casa da vovó, não fazia muito tempo desde que tínhamos saído. Mamãe e papai estavam no sofá com a vovó, junto com um casal, provavelmente eram os pais de Sean.
Eu deixei meu cesto com todas as maças, na mesinha e fui abraçar meus pais. Mamãe me beijou na bochecha e papai também...
Sean e Carol ficaram ao lado de seus pais.
-Acho que já esta na hora de ir! – disse o pai deles, se levantando
Foi um pouco estranho, pois tanto ele quanto a mãe deles olhavam para mim e para meus pais com um pouco de fascínio. Provavelmente por sermos uma família linda. Eu ri pelo pensamento.
-Claro... - disse Renée. E ela os conduzir a porta. Eles acenaram para mim, e para meus pais.
Vovó voltou e se sentou no sofá a nossa frente.
-Então... Renesmee, vocês se divertiram? Vi que colheram muitas maças. -perguntou vovó
-Ah, sim eles são muito legais. Vovó pode me chamar de Nessie!
Mamãe revirou os olhos, ela ainda não superou a historia do “Monstro do Lago Ness”. Eu não ligava, pois era um nome q ele tinha me dado.
- OK! – vovó ficou um pouco confusa, mas não perguntou o porquê e olhou para o relógio em seu pulso. -Bem, acho q ainda temos tempo, hoje, vocês vão jantar aqui!
-Bem, mãe, tudo bem! Renesmee tem que comer... - mamãe disse gentilmente.
Eu estava em seu colo e olhei para o papai...
“Se eu comer, vocês também vão! Vc sabe como eu não gosto da comida humana...”E fiz bico...
-O que houve? – perguntou vovó, vendo minha cara de chateada.
-Ah, nada não. Acho que ela não esta com fome. - respondeu papai simpaticamente. – mas ela vai comer mesmo assim.
Eu olhei para ele incrédula, ele também iria comer?
Fomos para a cozinha e vovó colocou no forno um grande frango que minha mãe tinha ajudado a preparar.
-Querida, você ainda não experimentou varias comidas. Tenho certeza que você ira adorar o frango! – mamãe disse baixinho pra mim
Eu fiquei um pouco chateada, mas quando começou assar, o cheiro inundou a cozinha, e comecei a mudar de idéia. Por minha surpresa comecei a salivar.
E finalmente depois de mexer no computador, ligar rapidamente para matar as saudades do Jake, e conversar sobre amanha o frango ficou pronto.
-Acho que experimentar não fará mal a ninguém! - eu disse enquanto pegava o prato q mamãe me oferecia.
Eu gostei, o frango não era nada comparado com o feijão, arroz, massa, ou brócolis que a mamãe empurrava pra mim. Não era tão ruim assim e eu repeti.
-Ainda precisamos comer? – perguntou papai ironicamente
- Não, não! – eu fiquei constrangida, por me precipitar, achando que todas as comidas humanas eram ruins, acho que agora em diante sempre vou provar antes de falar alguma coisa.
Acabei de jantar e fomos para sala, mamãe e papai deram a desculpa de que estavam com fome e comeriam no hotel, estavam sentados, vimos TV e fomos para o hotel...
Eu dormi, acho que quando como comida me dá sono.
Amanheceu... Acordei com papai e mamãe rindo.
Eles se beijaram delicadamente, esperei q terminassem, mas demoro... e eu tive que fingir tossir.
Eles pararam constrangidos.
-Oi, querida, - ela se sentou na minha cama.
-Bom dia, amor! – disse papai e deu um beijo na minha testa. Ele me parecia muito contente.
- Ta feliz, papai! – eu disse
Ele deu seu sorriso torto.
-Sim, minha “não – vida” não podia ser mais perfeita! – e mamãe o abraçou
-Eu te amo. – ela disse em seu peito
-Eu também te amo. – ele disse solenemente
-E eu amo muito vocês! – eu fiquei em pé na cama, dei um pulo na direção deles e mamãe me pegou no colo, nos abraçamos.
O dia passou rápido e a despedida foi triste. Se mamãe pudesse chorar, já tinha enchido um rio.
Eu exagerei no abraço com a vovó, mas ela nem ligou.
-Espero te ver em breve, querida! – ela me disse enquanto tirava seus braços ao seu redor
-Claro que vai, vovó. - eu disse entrando no carro
A viajem de volta foi legal, brincamos de mímica no avião, e eu experimentei algumas coisinhas q eles serviram, mas não gostei de muita coisa, apenas de uma carne mal-passada.
Estava cada vez mais nervosa em rever minha amada família.
Eles estavam no aeroporto, eu corri em direção a todos e abracei primeiro a Tia Rose, depois Esme, tia Alice, e assim por diante. E todos falaram de como eu tinha crescido, meus pais olharam confusos; para eles eu estava do mesmo jeito.
Tia Alice brigou com papai por não ter retornado suas ligações, e também brigou com a mamãe por ter deixado o celular desligado. Mas ela estava com saudades e abraçava antes de terminar a bronca.
E aos poucos meus pais contavam o que tinha acontecido na viagem à casa de Renée.
Mas tinha alguém faltando, uma pessoa que eu estava morta de saudade.
-Cadê o Jacob? – perguntei a Tia Rose
-Hum... Eu não sei, acho que ele ficou em La Push, deve vir pra cá amanhã. – ela disse decepciona, ela adorava ficar longe dele.
-Ele esta um pouco atrasado, mas com certeza estará te esperando em casa. – disse Carlisle.
-Ok. – eu mordi o lábio, olhei para minha pulseira, e sorri ao lembrar como ele estava envergonhado em me dá-la.
Chegamos em casa rápido.
E lá estava ele, exatamente como eu o havia deixado.
Eu abri a porta do carro e corri sem ligar pra minha super–velocidade em sua direção. Ele abriu os braços como sempre fazia, e eu pulei em seu colo, passei meus braços em seu pescoço, o abracei, eu provavelmente teria sufocado um humano qualquer com a força que eu o abraçava.
-Hum... que saudade! – ele disse enquanto nos abraçávamos
- Também senti... Mas acabo de matá-la. – eu fechei os olhos por um segundo e me desprendi de seu abraço, continue me segurando a ele – com minhas pernas se prendendo em sua cintura, ele me olhou e sorriu.
-Você cresceu de novo!
-É, né! Não paro de crescer... – eu debochei
-Logo, já ta adulta! – ele riu.
-É... – eu disse e deixei meus olhos se abaixarem um pouco, mordi o lábio.
-O que foi? Você não gosta quando eu falo disso, né! – ele disse afirmando
Eu apenas balancei a cabeça.
-Tudo bem, me desculpe. Agora vamos entrar, eu to morrendo de fome! – ele disse mudando de assunto. Eu desci de seu colo.
-Sabe o que eu descobri? Acho que comida humana me dá sono. – eu ri – Deve ser por isso que você dorme de mais... – eu deduzi.
- Pode ser. – ele estava tão feliz que nem quis discutir comigo.
Ele pegou minha mão e fomos para dentro de casa.
Entrem na minha comu da Nessie:http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=81027437
Parabéns pela belíssima página!
ResponderExcluirPALAVROSSAVRVS REX
bem legal...
ResponderExcluirmas vc diz q a 1ª viagem de avião dela
foi qdo foram visitar a avó...massss e
qdo ela ia para o brasil??ela ia do doq?
nossa muito bom parabens
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