4 de outubro de 2010

Capitulo 8 - Quando e Onde?


Estávamos a uns 13 metros da casa de Carlisle, fomos andando mesmo.
Jake insistiu em se transformar, mas eu queria manter uma conversa, já que ele detestava quando eu usava meu “poder Edward”, como ele dizia. Mas sentia que era mais do que somente ler mentes, talvez na minha próxima aula com Zafrina, eu descubra.
-Não se assuste com os comentários da minha família. Eles já sabem! – eu revirei os olhos.
-Ok! – ele disse animado, como se pudesse se divertir com os comentários do Tio Emmet.
Entramos de mãos dadas dentro da bela e iluminada casa de meus avós.
Minha família estava na sala; Alice no notebook com Jasper ao seu lado em uma escrivaninha, Emmet passando os 30 canais de esporte e o resto conversando no espaçoso sofá bege.
Todos nos olharam, fiquei nervosa e envergonhada com aqueles sete pares de olhos dourados em minha direção e na de Jacob, mas logo todos sorriram simpaticamente.
Alice não havia se mexido um centímetro, seus olhos e dedos ágeis no computador.
-O que está fazendo? – perguntei curiosa, olhei para seu rosto, ela me parecia seria, um pouco chateada. – Você está brava?
- Quando mais cedo formos mais cedo voltaremos! E estou procurando, o que você quer!- ela me respondeu
-Você está chateada, né! Desculpe, é que eu... Preciso de mais informações, de um tempinho. E tenho certeza que estou fazendo o tio Jazz se sentir um pouco melhor! – eu olhei para ele ao lado dela em outra cadeira.
- Um pouco melhor! – ele concordou e eu a abracei.
“Já volto!” – Jake disse no meu ouvido, com um beijo no rosto logo em seguida.
-Tudo bem! – ela se acalmou.
-Nossa! Você está conseguindo me “ver” muito bem e muitas vezes também. – eu fiquei animada.
-Não. – ela disse como se fosse óbvio – Eu já te disse, coisas que me afetam diretamente me ajudam a ver com mais clareza. E não se esqueça, que todas às vezes que eu “vi”, você estava com o Jacob! – ela apontou para meu doce lobo ao lado de Emmet no outro lado da sala, conversando sobre um jogo de beisebol, provavelmente apostando.
-Entendi. Mas o que você está procurando exatamente? Não te disse nada, nem falei com Jake sobre quais informações vou procurar. – eu perguntei olhando para a tela de seu notebook, roxo brilhante.
-Eu apenas deduzi! Você gostaria de saber qual a melhor escola para se estudar. – ela disse confiante.
-Sim... – eu dei um beijinho no rosto – Mas também onde vamos morar. – eu á lembrei
-Hum... Eu estava pensando em Campinas. O que acha? – ele me mostrou no mapa em seu computador.
Verde por perto, não era tão próximo a metrópole de São Paulo, mas nada de alguns minutos de carro não bastasse.
-É um bom lugar. – eu sorri animada. – E a escola, já viu alguma?
-Claro. Gostei do Liceu Salesiano. Parece um campus e o preço é acessível.
Fico pensando se existe algum preço que não seja acessível a nós.
Alice mostrou no mapa a escola.
- Nossa, parece boa. Talvez você devesse mostrar á meus pais... – eu caçoei
- E o apartamento, já sabe qual? – eu puxei uma cadeira e me sentei ao seu lado.
- Ainda não me decidi, queria sua opinião. Tem esse aqui! – ela me mostrou um, em um site de imóveis do Brasil, tudo em português, eu podia entendem algumas coisas, mas Alice me dava todas as informações. - E esse! – ela mostrava outro.
Todos de três ou quatro suítes, sala de estar gigantesca...
-Nossa, Alice! Se você alugar um apartamento desses vou me sentir mais sozinha ainda! – eu apontei.
- Alugar? Quem disse alugar? Eu iria comprar! – ela me encarou confusa.
-Comprar? Não precisa tanto, alugar já está ótimo. – eu sorri
-Hum... – ela fez uma careta. – Tudo bem... Mas também vamos ter que morar em um apartamento de duas suítes? – ela ainda fazia careta
-Tá. Mas é para apenas nós duas, Tia, não se esqueça. – eu coloquei minha mão em seu ombro.
-Ok. – ela fez bico.
Depois de muitos não, achamos o apartamento certo.
Um em Alphaville, com duas suítes, dois quartos, quatro banheiros, 165 m², muito bem decorado; um mistura de moderno e clássico.
Nós ficamos encantadas por ele e a parte quatro banheiros ajudou muito. Ela mandou um e-mail para a compra. Mas logo depois ligou para lá.
E já o – alugou. Fiquei animada, estava ansiosa para pegar o avião e embarcar em São Paulo, morar e ver a bela vista do nosso apartamento.
Alice desligou o notebook.
-Você torna tudo mais fácil. – eu a agradeci.
-É o meu trabalho. – ela brincou.
Fui na direção de Jacob...
-O que estão fazendo? – eu perguntei a ele e tio Emmet, que conversaram um bom tempo.
-Ah, nada! Só falando besteira. – Jake me pareceu envergonhado.
Eu levantei uma sobrancelha.
-Eu realmente achei que você iria acabar com ele, Nessie! – tio Emmet riu em alto e bom som, para que todos da sala olhassem para nós.
-Não acredito que estavam falando de... – eu bufei – Tudo bem. – eu me afastei deles.
Eu me sentei frustrada no sofá, ao lado de Bella.
-Eu realmente não agüentava seu Tio quando eu e seu pai tivemos as nossas primeiras noites. Até eu fazer uma aposta para ele nunca mais falar sobre o assunto e vencer. - ela sorriu orgulhosa.
-Eu acho que me lembro... Tem alguma coisa a ver com queda-de-braço?
-Há!Há! É isso mesmo... Você era um bebê ainda, eu recém-nascida, mais forte que qualquer um. – seu sorriso foi desaparecendo. Foquei-me nela.

“... os Volturis, há quanto tempo não dão noticias... Graças a Deus! Talvez ela indo para outro lugar, outro país, a afaste ainda mais do perigo!”

-Eu ainda corro perigo? – eu perguntei surpresa.
Ela me olhou desnorteada. Nem percebi que era a primeira vez que tinha lido a mente de Bella. Meus poderes eram imunes ao dela.
-Você... Você leu a minha mente? – ela gaguejou
Meu pai me olhava com pura curiosidade, assim como o resto da família, menos Jacob, Emmet e Jasper que se divertiam falando mal de algum jogador da TV.
-Eu acho que sim... – afirmei a ela.
-Por que você pode? – perguntou Edward curioso e confuso.
- As habilidades dela sempre foram imunes as defesas de Bella, Renesmee sempre pode mostrar o que queria a ela. Não seria novidade se também pudesse ler sua mente. - respondeu Carlisle
- Nossa... – ouvi Rosálie dizer atrás de Carlisle.
-Tenho inveja de você, minha filha. – disse meu pai sorrindo, contente.
O clima da sala foi lentamente mudando e Bella respondeu minha pergunta.
- Sempre... Eles deixaram você viver, mas eles sempre devem estar de olho. – ela estava séria, preocupada.
-Tudo bem. – eu tentei mudar o clima pesado. – Já faz muito tempo, não se preocupe tanto, mãe. – eu acaricie seu rosto. E mostrei o meu novo apartamento.
-É lindo! – ela se animou - Vou querer conhecê-lo um dia!
-Claro. – eu afirmei
O tempo passa rápido na presença das pessoas que amamos e a noite já tinha chegado. Ficamos um bom tempo na floresta.
Sentirei saudade de Quilcene.
-A que horas vamos? – perguntei a Alice.
Que ensinava minha mãe a subir nas árvores sem sujar seu vestido, Bella não ligava para roupas, mas Alice fazia questão de ensinar.
-As 14:00 hrs, chegaremos mais ou menos as 16:00, ficaremos no hotel em São Paulo e depois vamos pra o apartamento. – ela sorriu empolgada.
-Ok! – eu respondi ansiosa
-Você não vai passar seu tempo restante com Jasper? – perguntou Bella, provavelmente tentando se livrar de Alice.
-Daqui a pouco! Nós já conversamos, ele é muito compreensivo, eu amo isso nele! – ela respondeu apaixonada
Nossa conversa me fez pensar em Jacob, que estava a poucos metros de mim, caçoando nas falhas tentativas de Bella.
-Jake! – eu corri e agarrei seu braço
-Oi, amor. – ele beijou o topo da minha cabeça.
-Eu ainda não te dei as ultimas informações. – toquei seu braço.
Meu poder de “mostrar” o que quero, estava evoluindo.
Não me limito á apenas tocar o rosto, agora qualquer parte do corpo em que minhas mãos toquem, já basta.
Mostrei a ele, as fotos, as informações de Alice sobre o apartamento, á localização, uma visualização 3D que tive pelo tour virtual do site, Tudo.
E depois quando Alice me disse o horário que iremos.
Eu tirei minha mão.
-É bem bonito – ele concordou.
Edward chamou Bella e Alice para dentro, acho que logo iríamos embora.
- Às duas da tarde, hein?! Ainda á tempo para aproveitarmos bastante. – ele me puxou para mais perto, seu braço apertando minha cintura.
Eu fiquei na ponta dos pés, para alcançar seu rosto, rocei meus lábios nos deles, em sua bochecha ate chegar a seu ouvido.
-Talvez... – eu sussurrei.
Ele sorri contente, como se eu tivesse falado que sim.
Talvez ele saiba como me convencer.
Não demorou muito para nossos lábios estarem colados e se movimentando involuntariamente.
-Hora de ir. – meu pai nos chamou dentro da casa.
Eu me afastei dele com dificuldade, lutando contra a minha própria vontade.
-Vamos. – eu o - dei um selinho e pequei sua mão.
Despedi da minha família. Esperávamos ansiosos para amanhã à tarde.
Em casa tudo foi tranqüilo, pequei minha mala, tirei as roupas usadas e coloquei outras. Tive que trocar de mala, para uma maior.
Jacob estava no meu computador. Liguei meu radio e fui ver o que ele estava fazendo.
-Você vai me trocar por um jogo? – eu fiz beicinho.
Ele se virou e imediatamente o - desligou, olhando para mim quase hipnotizado, talvez pela minha camisola de seda vermelha, bem curta, com alças finas.
Fiquei envergonhada com aquele olhar imprint de sempre, mas porém, eu estivesse começando a gostar daquilo.
-Você está querendo me deixar louco, né! – ele disse travesso
Ele empurrou a cadeira e me beijou, seu braço ao meu redor.
Eu pulei em seu colo, minhas pernas ao redor de seu quadril.
-Fico imaginando a quantidade de caras que vão se apaixonar por você! – ele me disse quando nossos lábios davam um tempo. – É tão fácil se apaixonar por você!- ele diminuiu o espaço que restava de nossos corpos.
- Você acha? – eu perguntei.
-Tenho certeza! Você é linda, inteligente, indestrutível, engraçada, você é perfeita, Nessie! – eu fiquei surpresa pela quantidade de elogios que ele me disse.
- Isso é só a opinião de um cara apaixonado! – caçoei.
-Exatamente – ele afirmou – A opinião de um cara – ele encostou nossos lábios – completamente apaixonado – novamente – pela garota mais maravilhosa do mundo! – e novamente outro beijo.
-Seu bobo! – eu revirei os olhos. – E duvido que Leah Clearwater não vai dar em cima de você! – eu levantei uma sobrancelha.
- Aff... Leah, é a Leah. Você á conhece! – ele balançou a cabeça.
-Exatamente por isso, bonita, forte, lobisomem como você e fica nua com freqüência na sua frente... – eu ri.
-Mas nada se compara a você! – ele olhou para meu corpo.
-E nada a você! – eu admiti
Passei minhas mãos em suas costas nuas, depois contornei seus musculosos braços e seu peitoral esculpido.
Ele me deitou na cama, minha camisola já estava a dois palmos da onde deveria estar. Ele beijou minha mandíbula, minha clavícula, meu busto. Minha respiração ficou um pouco desigual. Ele olhou pra mim travesso e desceu para beijar minha perna de cima a baixo, depois voltou a me beijar novamente. Suas mãos contornaram todo meu corpo e abaixou as finas tirinhas do meu ombro.
Eu respirei fundo.
-Não, Jake. – eu ofegava – Meus pais estão lá em baixo.
-Não teremos a mesma sorte que ontem? – ele perguntou esperançoso
-Não. – eu respondi um pouco chateada. – Mas posso te fazer se sentir um pouco melhor. – eu sorri maliciosa.
Coloquei minha duas mãos em seu rosto e o mostrei todos os detalhes da nossa noite mágica de ontem. Quando acabei o beijei tão apaixonadamente, o quanto pude, ele também.
Ele acariciava minhas costas enquanto eu mexia em seu cabelo.
A saudade viria e rápida.
Nessa noite não dormimos, apenas conversando e nos acariciando. Uma coisa que Jacob era bom, era me deixar relaxada e confiante...
Para enfrentar o dia de amanhã. Despedida.



“O desejo é uma força poderosa que pode ser usada para fazer as coisas acontecerem.”

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