-Vamos fazer como
antigamente? – ele disse, dei uns passos largos de costas á frente dele.
-Como assim? – eu
perguntei inocentemente ganhando vantagem, mas ele percebeu minha tática e
tirou o short, vontade não me faltou para vê-lo tirar o resto, mas me virei e
corri. Ouvi seus grunhidos logo atrás de mim.
Quando cheguei, ele me
derrubou me lambendo, eu ri, me prote-gendo, até ele ir atrás de uma árvore,
colocar o short e sair, rindo.
Eu o abracei seminu, ele
colocou a mão em minhas costas por debaixo da blusa, senti um arrepio com sua
mão pegando fogo, depois deslizou o dedo indicador pelo meu nariz, me virei e
entramos.
Eles estavam na sala
conversando, olhei contente ao Mike pela pacifica aproximação deles, que olhou
intrigado para o Jake, franzindo o nariz.
-Ele é um lobo. – meu pai
logo disse.
Ele ficou congelado,
surpreso pela presença de Jacob, olhei para ele ao meu lado que analisava
meticulosamente o Mike.
-Não imaginava que eles
ainda existissem, não foram extintos? – o Mike olhou curioso para meu pai.
-Ele não é o que parece,
não é um filho da Lua, é um transmorfo que assume a forma de lobo. – ele respondeu,
Mike ergueu uma sobrancelha e conteve um riso.
-Ou cachorro, se
preferir. - Tia Rose sussurrou, mas era audível á todos da sala.
“Casal exótico” Mike pensou.
-Nem me diga. – meu pai
riu, Jake franziu o cenho meio nervoso, ele sabia que falavam dele.
-Amigo da família? – ele
perguntou, minha mãe riu.
-Não exatamente, nós já
nos conhecíamos, nossos pais são amigos. – ela olhou para Jacob cheia de
recordações boas.
Mike olhou incrédulo para
nós, meio confuso.
-Mas então... – ele
hesitou, tinha muitas perguntas, das quais eu faria questão de responder, mas a
sós.
-Mike, depois nós
conversamos sobre isso. – eu sorri - E sobre o que vocês estavam falando? –
Jake sentou no ombro do sofá, eu me sentei em seu colo.
-Sobre como nos
conhecemos... – ele respondeu, fazendo Jake semicerrar os olhos, o silêncio
reinou por um tempo indeterminado, já que ninguém fez questão de se mover, mas
todos olhando para nós três.
-Bem... Já disse que
estou fazendo uma música com a Bia? – eu quebrei o silêncio, mudando de assunto.
-Que ótimo, quando poderá
nos mostrar? – Alice perguntou animada
-Ah, logo. Hum... Tia,
vem comigo na cozinha rapidinho, mãe se quiser... – eu tirei as mãos do Jacob
de meu colo e me levantei.
-Claro, já voltamos. –
minha mãe disse, meu pai assentiu.
-Então quanto tempo você
ficou com os Volturi? – meu avô perguntou enquanto saiamos.
Da cozinha podíamos ouviu
murmúrios, eu me apoiei na mesa.
-O clima ta tenso, hein?
– tia Alice disse rindo
-É... – eu fiz uma careta
de desgosto – Por quê?
-Ah, apenas que é quase
possível quer as faíscas saindo do olhar penetrante dos dois. – minha mãe
respondeu. - Jacob sempre foi ciumento, nem me lembre de quando vocês começaram
a namorar... – ela quase falou quando ele tinha ciúmes do meu pai, mas se
conteve não achando apropriado e balançou a cabeça.
-Não era para isso
acontecer. – eu disse chateada – Acho melhor conversar com o Jake. – enquanto
voltávamos para a sala, ouvi alguém rangendo os dentes, era o Jacob olhando
raivoso para o Mike, pronto para atacá-lo.
-Jacob! – eu o chamei, ele olhou pra
mim.
Tia Rosálie, meu pai e tio
Emmet riram, meus avós e tio Jasper olhavam meio sem jeito pela cena do Jake.
-Michael estava nos
mostrando sua incrível habilidade no Jacob e esse aí fico nervosinho. – Rose
respondeu e revirou os olhos.
-Ai, Jacob, para com
isso!- eu resmunguei
-Nessie, preciso falar
com você. – Jake disse indo para a porta dos fundos, eu o segui.
Do lado de fora estava
fresco, a floresta estava escura á deixando ainda mais fascinante. Eu o-
encarei.
-Para com isso! – eu
murmurei crente que minha família pudesse ouvir.
-Eu sei, eu sei, é que
você não vê a maneira como ele te olha, além do mais, ele é um vampiro! – ele
disse como se fosse um absurdo, eu o encarei nervosa.
-E o que isso tem de
ruim? Eu sou, minha família é, a nossa
família é!
-Desculpa... Só estou
preocupado, você é tão delicada que tenho medo que ele possa te machucar.
-Delicada?! Jacob, você
sabe como eu não gosto quando me subestimam. – eu me sentei no chão, coloquei
as mãos no rosto e respirei fundo para me acalmar, a única coisa que não queria
era brigar com ele.
Ele se aproximou e se
ajoelhou á minha frente.
-Prometo que vou me
controlar, sei que sou estúpido quando tenho ciúmes, mas é que te amo tanto
que...
-Se controle. - eu
sussurrei firme
-Pode deixar, irei
agradar esse vampirinho até ele ir embora. – ele se pôs de pé e me ofereceu á
mão, eu fiquei olhando para ele, pra ver se ele falava sério, seu rosto estava
com um sorriso encantador - infantil - abaixou e me puxou pela cintura com os
braços ao meu redor, eu ri – Me perdoa? – ele fez uma cara de cão sem dono que
me derreteu.
-Sim. – e selei suas
desculpas com meus lábios nos dele e entramos.
-Nossa, isso significa
que é só um pouco mais novo que Carlisle, você é o segundo mais velho daqui. – tia
Alice disse curiosa
-Então é mais velho que
Edward... – Jake afirmou pegando a conversa
-Quantos anos, Edward? –
Mike perguntou
-Uns 130... – ele
respondeu
-É... Uns 100 anos á
mais. – ele riu, minha conversa com Jacob havia funcionado e o clima parecia
normal, confortável.
-Tia Alice, você viu a
Bia indo embora? – perguntei
-Sim, ela chegou bem em São Paulo. – ela
concordou.
-Vocês já á conheceram? –
Mike perguntou, eles negaram
-Somente a tia Alice. Eu
mostrei á eles aquela conversa que tivemos sobre nossas famílias. – respondi.
-Que pena, ela é
encantadora. – ele disse, queria ver a cara da Bia se tivesse ouvido aquilo.
-Trate de convidá-la para
seu aniversario, querida? – Esme disse.
-Hum... Meu aniversario?
Mas tem muito tempo ainda, pode deixar!
Ficamos até tarde falando
sobre os lindos lugares de Paris, as festas e a festa na casa do Mike, em que Jacob quase quebrou nosso acordo de tratá-lo
bem, ele não gostou da idéia dele ter me visto com aquele vestido, depois ficou
me acariciando na frente da minha família, não tinha certeza se aquilo era só
saudade ou apenas para intrigar o Mike.
Até chegar a hora de
voltar para minha casa.
-Então onde quer ficar,
aqui ou em nossa casa? – minha mãe perguntou.
-Qualquer lugar estará
ótimo. Obrigada. – ele disse gentil.
-Então fique aqui. – Jake
disse ríspido e dei um beliscão nele, que passou o braço pela minha cintura e
me virou, virei à cabeça e disse desculpa ao Mike, ele deu de ombros rindo.
Quando chegamos em casa,
meus pais me deram boa noite e subiram fazendo uma brisa gostosa passar por
mim.
Eu peguei o livro que
tinha visto mais cedo, Jake me abraçou e sussurrou no meu ouvido...
-Eu esperei, desejei,
sonhei todos os dias desde que você nasceu para estar pronta para mim, para que
você me quisesse. Morria de medo que você não me amasse, meu mundo era só você,
meu mundo gira ao seu redor, sempre. A presença de seu amigo me fez lembrar dos
Volturi e daquele maldito dia em que poderia te perder... – seu hálito quente
fazia cócegas em minha bochecha.
-Nós íamos fugir... – eu
me virei para ele e joguei o livro no sofá.
Eu me lembrava
perfeitamente daquele pesadelo real, quando eu e minha mãe estávamos na cabana,
ver seu rosto cheio de medo e agonia cortava meu coração, só de pensar em
deixá-los, eu senti meu peito pesado e balancei a cabeça tentando esquecer –
aquilo era passado, um bem dolorido e angustiante, mais que já havia passado.
-Sim, mas de qualquer
maneira eu poderia te perder. – seus olhos começaram encher de água.
-O que foi? – eu
acariciei seu rosto.
-Não sei... Amor? – ele
sorriu e apertou os olhos, fazendo as possíveis lágrimas não desceram e eu
fiquei com vontade de chorar.
-Está aí uma das coisas
que nem o Mike, nem ninguém poderiam fazer além de você, na verdade duas... –
ele esperou - Chorar e me aquecer do jeito que você me aquece; do jeito que
você me completa. – eu encostei minha testa na dele - Me amar do jeito que você
me ama.
-Talvez a emoção se torne
tão intensa que transborde do corpo. Sua mente e seus sentimentos tornam-se
poderosos demais. E seu corpo chora... - eu ri.
-Jacob Black poeta?- ele
sorriu
-Não, apenas decorrei. Só
você para me deixar romântico e... Quase
chorar. – ele riu.
-Hã? – eu pensei e
lembrei que era uma frase do filme Cidades dos Anjos – Safado! – e dei um tapa
de leve em seu peito. Ele me virou e me jogou para trás.
-Você já vai ver o que é
safado! – ele disse travesso, eu fiz uma careta desconfiada, ele me pegou no
colo me levando até meu quarto e abriu a porta, estava cheio de rosas vermelhas
espalhadas pelo quarto e velas, até mesmo um vinho ao lado da cama.
-Você... – eu entrei mais
no quarto me aprofundando no cheiro das rosas, tinha pétalas na cama, estava
meio quente lá, a janela estava aberta, mas mal entrava brisa, eu me virei para
ele e pulei em seu colo. -Nunca imaginei que meu Jake poderia ser romântico!
-Por você posso ser
qualquer coisa. – e nos beijamos, ele andou até a cama, nossos lábios pareciam
tentar acabar com o calor, o fogo que ardia dentro de nós, mas só aumentava
cada vez mais...
Ele rasgou minha blusa, ele já estava seminu, era eu
que estava cheia de roupas, o - empurrei para o lado e tirei minha calça e
sapatos.
Fomos para o meio da cama, as rosas gruparam em nossos
corpos, era
engraçado e excitante.
O lençol de seda vermelha estava nos esquentando mais
ainda, então ele se levantou e o - tirou.
-Quer? – me ofereceu o vinho – Sei que você não é fã
de bebida, mas
podemos tentar. – ele me oferecer uma taça.
-Quer me deixar bêbada? – brinquei – Um brinde? – e
ergui a taça
-Há nosso amor... Insaciável! – nós brindamos e rimos.
Eu tomei aquele liquido avermelhado azedinho em um
gole.
– Mais? – eu recusei, o gosto não me agradava, ele
pegou a garrafa e
tomou.
Eu tirei meu relicário e coloquei ao lado do vinho,
que ele deixou na metade, e o puxei para a cama novamente, ele pressionou
nossos corpos e prendi minhas pernas em seu quadril.
Ele contornou meu corpo com as mãos, eu fechei os
olhos aproveitando, memorizando cada sensação e momento, mordi seu ombro de
leve, fui subindo no pescoço até a orelha onde passei a ponta da língua, o
deixando arrepiado, depois foi à vez dele, que assoprou meu pescoço refrescando
minha pele, foi descendo pelo meu busto, minha barriga e me arrepiei rindo aos
sussurros.
Tirei o short dele e trocamos de lugar, ele desprendeu
meu sutiã e jogou longe o resto de roupa que nos atrapalhava, eu peguei alguma
coisa para prender meu cabelo, que estava quase todo molhado de suor, mais dele
do que meu, e me abaixei para beijá-lo.
A primeira e a segunda foram ótimas, perfeitas, mas a
terceira foi...
Insaciável.
Eu e o Jake parecíamos estar mais experientes e
sabíamos o que cada um mais gostava, o jeito, a intensidade, as carícias.
Queria que a noite nunca acabasse.
Minha temperatura tinha baixado depois de tudo, mas em
nosso ponto alto eu certamente estava mais quente que ele, era isso que
importava, minha saudade estava morta, pelo menos por enquanto.
Eu olhei para meu quarto bagunçado, nossa noite não
pode ser contida apenas na cama, que estava um pouco fora do lugar,
exagerei um pouco em apertar a cabeceira, tenho que arrumar aquela marca de
meus dedos logo, e não havia sobrado mais nada das velas.
Jacob estava apagado embaixo de mim, estava deitada em
seu peito, sua respiração lenta e tranquila, encostei meus lábios em seu peito,
ele se mexeu e esfregou os olhos incomodado pela luz que vinha da janela, já
era de manhã, deu um bocejo e olhou para baixo, para mim.
-Bom dia. – ele disse e tirei meu braço debaixo do
lençol, que tinha
colocado em nós quando ele dormiu e fiquei mexendo em
seu cabelo.
-Bom dia. – eu respondi, ele ficou me olhando meio
hipnotizado e passou as pontas dos dedos pelas minhas costas subindo e
descendo, fazendo círculos e linhas sem nexo e fechou os olhos bocejando de
novo.
-Desta vez você me canso. – ele admitiu, nós rimos.
-E você disse que eu tinha menos vontade que você.
-Verdade, então vamos dizer que estamos empatados. –
ele me beijou.
-Certo. - eu revirei os
olhos
"Os amantes que recordam o passado,
não podem
fitar-se sem rir ou sem chorar."
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